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EUA voltam a 'estacionar' mísseis na Europa

Comunicado final da cimeira diz que adesão da Ucrânia à Aliança é “irreversível” e acusa a China de ser “facilitador decisivo” do esforço de guerra russo.
Ricardo Ramos 12 de Julho de 2024 às 01:30
NATO reiterou apoio total à Ucrânia face à agressão russa
NATO reiterou apoio total à Ucrânia face à agressão russa
Mais de três décadas após o final da Guerra Fria, os Estados Unidos vão voltar a estacionar mísseis de longo alcance na Alemanha, num "aviso" claro à Rússia. A medida foi ontem anunciada à margem da Cimeira da NATO em Washington, que concluiu com uma forte manifestação de apoio à Ucrânia e críticas à China, considerada como um "facilitador decisivo" do esforço de guerra russo.

O anúncio do envio de mísseis americanos para a Europa, a partir de 2026, é visto como uma forte garantia do compromisso dos EUA para com a segurança dos aliados europeus. Em causa está um número indeterminado de mísseis de cruzeiro ‘Tomahawk’, SM-6 e outros sistemas de longo alcance, incluindo mísseis hipersónicos ainda em desenvolvimento.

"Não podemos descartar a possibilidade de um ataque contra a soberania e integridade territorial dos Aliados", alerta o comunicado final da cimeira. A Rússia já prometeu responder ao que considera como "uma nova aproximação da infraestrutura militar da NATO" ao seu território.

Os 32 Estados-membros da Aliança sublinharam ainda que o caminho da Ucrânia para a adesão à NATO é "irreversível" e reiteram o compromisso de enviar 40 mil milhões de euros em ajuda militar no próximo ano.

O comunicado da NATO reforça ainda a linguagem referente à China, considerando Pequim como um "facilitador decisivo" do esforço de guerra russo na Ucrânia e um "desafio sistémico" à segurança da Europa.


Ataques sem limites
O Presidente ucraniano pediu aos aliados para levantarem a proibição de atacar o território russo com as armas fornecidas pelo Ocidente. "Se queremos vencer, não podemos ter limites", afirmou Volodymyr Zelensky.

Encontro com Trump
O PM da Hungria, que irritou os aliados europeus ao reunir-se na semana passada com Vladimir Putin e Xi Jinping para discutir um alegado "plano de paz" para a Ucrânia, encontrou-se ontem na Florida com Donald Trump.
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