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Correio da Manhã

Euro2024

"Félix em queda livre" e Ronaldo "KO" sem golos: O que diz a imprensa internacional sobre a derrota de Portugal

Jornais estrangeiros concordam no equilíbrio do encontro e destacam lágrimas de Pepe no adeus ao europeu.
Miguel Pinheiro Correia 6 de Julho de 2024 às 11:34
Portugal foi eliminado do Europeu pela França
Portugal foi eliminado do Europeu pela França FOTO: Wolfgang Rattay/ Reuters
A desilusão em Portugal é clara. A Seleção Nacional, que reunia um bom lote de jogadores talentosos, ficou pelo caminho nos quartos-de-final, com a vice-campeã mundial.

Apesar do poderio respeitável da França, Portugal deu luta e a queda só surgiu nos penáltis, onde o remate ao poste de João Félix pôs um ponto final no sonho da turma de Roberto Martínez.

Em França, os jornais do país vencedor destacam o "fim da maldição", segundo o conceituado L'Equipe. "Os Blues venceram Portugal nas grandes penalidades, depois de uma sessão perfeita (5-3) que exorcizou alguns dos demónios do Qatar [onde perderam a final do Mundial com a Argentina, na marca dos 11 metros].

A exibição de Kylian Mbappé mereceu críticas dos franceses: "perdeu o talento". Por outro lado, o guarda-redes Mike Maignan foi muito elogiado pela atuação "imperial" com quatro defesas.

Espanha

No país vizinho, as manchetes dão natural destaque à 'Roja', que garantiu na sexta-feira a passagem às meias, onde jogará com França. Ainda assim, o jornal Marca olha para o jogo de Portugal no qual a Seleção Nacional mereceria mais.

"Erro de João Félix depois de 120 minutos equilibrados com Portugal a merecer a passagem. Cristiano Ronaldo e Rafael Leão perderam a oportunidade de marcar no prolongamento", lê-se.

O primeiro europeu de Cristiano Ronaldo em branco também é destacado na imprensa que tantas vezes se habituou a fazer do craque português manchete, aquando da sua passagem pelo Real Madrid.

"Começou a marcar no Euro 2004 e terminou a sequência 20 anos depois. Toda uma vida. Cristiano Ronaldo sai do euro sem marcar e sem ser substituído, na sua sexta e última participação."

"João Félix em queda livre. Um ano para esquecer", escreve ainda a Marca, sobre o jogador do Atlético de Madrid.

O destaque dado ao ex-Benfica, que esteve emprestado ao Barcelona na última temporada, também se repete no AS. "Os penáltis salvaram a queda [francesa] frente a um Portugal melhor que teve João Félix como triste protagonista. Remate falhado põe fim a um torneio calamitoso. O seu país volta para casa e ele permanece sob suspeita, como sempre".

O AS também se deixou comover pelas lágrimas de Pepe no final do encontro. "A despedida do Euro, a chorar no peito de Cristiano Ronaldo, deixa antever o adeus do central de 41 anos", descrevem.

O catalão Mundo Deportivo repete as críticas a Félix e Ronaldo, e atira: "França dá a Portugal o próprio remédio. Conjunto 'gaulês' venceu nos penáltis onde Diogo Costa não conseguiu voltar a ser herói".

Itália

Os jornais italianos destacam a exibição de Rafael Leão, no "último jogo de Cristiano Ronaldo num europeu", marcado pelo desperdício de ambos, diz a Gazzeta dello Sport.

Apesar do desalento dos portugueses, um sairá a sorrir: "O primeiro tempo trouxe sorriso ao rosto de apenas uma pessoa: Paulo Fonseca. O treinador do Milan devia estar a esfregar as mãos. Leão, por exemplo, entrou em campo com a lua a seu favor."

"Ronaldo KO com França, mas a irmã publicou fotografias com Mbappé", escreve o Corriere dello Sport, que destacou as lágrimas do capitão português abraçado a Pepe.

Inglaterra

"Ronaldo ficou nas margens durante boa parte da disputa cautelosa, embora ambos os lados sintam que poderiam ter vencido no segundo tempo do tempo normal. O francês Mike Maignan fez duas defesas afiadas para manter Bruno Fernandes e Vitinha fora antes de sufocar o calcanhar de Ronaldo", relata a Sky Sports.

Já o The Sun diz que, mesmo com os holofotes nos goleadores Mbappé e Ronaldo, o destaque recaiu na defesa, nos franceses Saliba ou Maignan e no veterano Pepe.

Brasil

"A partida entre Portugal e França foi disputada com equilíbrio ao longo dos 90 minutos do tempo regulamentar. As duas equipes tiveram chances de marcar, mas as defesas dos dois lados foram superiores aos atacantes, conseguindo bloquear finalizações e realizar diversos desarmes em momentos chave do jogo. Os dois goleiros também apareceram pontualmente com muita segurança para evitar gols dos oponentes", descreve o Globo Esporte.
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