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Caso Cardoso Varela: O desaparecimento do jogador de 15 anos do FC Porto que motivou queixa na FIFA

Agente do atleta já reagiu e justificou que foi tudo feito com o consentimento da família.
Miguel Pinheiro Correia 7 de Julho de 2024 às 14:27
Cardoso Varela
Cardoso Varela
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Cardoso Varela
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Jogou, e destacou-se, na última temporada nas camadas jovens do FC Porto. As boas exibições valeram-lhe a chamada à seleção portuguesa de sub-17, ao serviço da qual brilhou no Europeu dessa faixa etária. Mas desde que vestiu a camisola de Portugal, os 'azuis e brancos' nunca mais souberam dele e até já apresentaram uma queixa na FIFA a esse respeito.

O jogador, nascido em Angola, terá viajado no sábado com os agentes Faustino Gomes e Wilson Sardinha para a Croácia, avança o Record.

Segundo o jornal desportivo, o negócio implicará uma vinculação de Cardoso Varela ao NK Dinamo Odranski Obrez, do 3.º escalão do país balcã, até fazer 16 anos, a 29 de outubro, quando passa a poder assinar um contrato profissional.

A intenção será usar o clube croata como trampolim para uma equipa alemã, detalha o Record, que adianta a possibilidade do negócio envolver outras equipas e de agentes não autorizados a receber comissões pelos jogadores menores de idade.

O FC Porto apresentou queixa na FIFA para defender a posição dos 'dragões', mas também para salvaguardar o jovem jogador, que acreditam que pode estar refém de interesses monetários dos envolvidos.

Agente diz que está tudo a ser feito com o consentimento da família

Um dos agentes envolvidos no caso já justificou a ida para a Croácia, que contou com "consentimento da família". Faustino Gomes nega a existência de um "rapto".

"Em nenhum momento constou o meu nome oficialmente nos documentos, quer na procuração quer no contrato com a Puma ou mesmo com o FC Porto. Sempre foi a família que assinou. Ficou provado para as autoridades competentes que não houve rapto, mas foi sim tudo feito com consentimento da família do miúdo", escreveu, num comunicado enviado às redações.

O agente diz que o processo começou com Fernando Gomes, mas que, "infelizmente", se arrastou por muito tempo. Faustino esclarece que André Villas-Boas tentou resolver as negociações, mas não houve entendimento com a família do atleta.

"É um processo que começou com Fernando Gomes, o Bibota, e veio arrastando-se por muito tempo infelizmente. O presidente Villas-Boas - que assumiu a presidência poucos dias antes do término do contrato no dia 30, domingo passado - tudo fez para levar este caso a um bom porto, mas infelizmente não houve acordo com a família depois da reunião de dia 28 com o diretor do FC Porto e 29 com o senhor presidente Villas-Boas, um dia antes do término do contrato de formação."

Faustino assegura que o seu papel não vai sobrepor-se às intenções da família, de quem diz seguir "as coordenadas".

"São eles que mandam como dita a lei. Não posso abandonar o miúdo que não tem culpa de nada só que não houve acordo ambas as partes. Tenho boa relação com o presidente Villas-Boas - ainda hoje [sábado] estivemos a falar porque tenho mais atletas no FC Porto. Ele sabe qual é a minha posição nesse processo", justificou.
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