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Luís Montenegro aberto a receber Ucrânia na NATO: "ataque a estado-membro é um ataque a todos nós"

Primeiro-ministro explicou que defender a segurança dos países da aliança "não passa apenas por opções militares".

Luís Montenegro aberto a receber Ucrânia na NATO: "ataque a estado-membro é um ataque a todos nós"
Correio da Manhã|11 de julho de 2024 às 19:21
Luís Montenegro, primeiro-ministro, falou esta quinta-feira na cimeira da NATO, em Washington, nos EUA. Refere que Portugal está "aberto a receber Ucrânia na aliança" acrescentando que "um ataque a um dos estados-membros é um ataque a todos". 

O primeiro-ministro disse que a NATO tem mostrado empenho e disponibilidade em estar ao lado da Ucrânia e "não permite as agressões sem justificação da Rússia". 

"Hoje defender a segurança dos estados-membros da NATO não passa apenas e por opções militares, é preciso ter a prontidão para saber acudir em casos de guerra e conflito", disse. Acrescentou também ser importante o "apoio técnico e o apoio que passa pelo treino e manutenção".

Luís Montenegro explicou que esta cimeira permitiu a Portugal "transmitir de forma credível e empenhada" o plano de investimento que espera que "seja adequado aos compromissos estabelecidos pela NATO", referindo-se à meta que já anunciou de atingir, em 2029, um investimento na defesa de cerca de 6.000 milhões de euros que corresponda aos 2% do PIB acordados entre os aliados.

O primeiro-ministro afirmou que esse esforço financeiro e militar será feito de "variadíssimas formas", ao nível dos recursos humanos e de um plano de investimento em equipamentos, para que Portugal assuma o seu papel de "membro efetivo" da NATO não só no plano político, diplomático, mas também do esforço militar.

"A NATO é uma organização na qual nos entregamos, que assegura a nossa segurança e que contribui para o nosso espaço territorial e marítimo". 

O primeiro-ministro disse ainda ser crucial "fazer das indústrias de defesa e de todas as que se interligam com ela" um novo "cluster" para a economia portuguesa.

"Aproveitar a capacidade tecnológica, cientifica e académica para estarmos na vanguarda da inovação", rematou.