Especialistas e autoridades debatem o futuro da qualidade do ar no ES

Participantes do Painel Atitude Sustentável, promovido por A Gazeta, destacaram a importância da união entre poder público, sociedade e iniciativa privada para um desenvolvimento sustentável

Publicado em 25 de junho de 2024 às 16:28

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O Atitude Sustentável teve como tema “Horizontes Sustentáveis: o futuro da qualidade do ar no ES”. (Arthur Louzada)
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As pautas ambientais têm sido muito discutidas nos últimos anos, priorizando temas relevantes não só para o presente, mas também pensando nas próximas gerações. Com esse objetivo, um painel com o tema “Horizontes Sustentáveis: o futuro da qualidade do ar no ES”, promovido pelo Atitude Sustentável, de A Gazeta, reuniu autoridades e especialistas para debater a importância do desenvolvimento sustentável, reduzindo os impactos ao meio ambiente e preservando a qualidade de vida dos capixabas.

O evento, realizado nesta quinta-feira (20), com apoio institucional da ArcelorMittal e Vale, reuniu representantes do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil, que apontaram os caminhos que o Estado vem buscando nesse sentido.

Participaram do debate o coordenador do Instituto de Estudos Climáticos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Neyval Costa Reis; o secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni; o promotor de Justiça do Ministério Público Estadual (MPES) Marcelo Lemos; o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos; o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona. A mediação ficou por conta da jornalista e gerente-executiva de Produto de A Gazeta, Elaine Silva.

O painel reuniu autoridades e especialistas que destacaram a importância da união entre poder público, sociedade e iniciativa privada para um desenvolvimento sustentável
O painel reuniu autoridades e especialistas que destacaram a importância da união entre poder público, sociedade e iniciativa privada para um desenvolvimento sustentável . (Arthur Louzada )

Ao longo do painel, eles destacaram um ponto em comum: a importância da união entre a sociedade civil e as iniciativas públicas e privadas, na busca por soluções. “Hoje, trabalhamos muito o conceito de democracia participativa, que é, justamente, você aproximar o público do privado. Então, o grande êxito desse tipo de evento é reunir as pessoas. Parece óbvio, mas não funciona tratar desses temas somente dentro de gabinetes”, ressaltou Marcelo Lemos, que também lembrou dos Termos de Compromisso Ambiental (TCAs) sobre o tema que já foram pactuados em anos anteriores.

Lemos acrescentou ainda que, quando se debate o controle de qualidade do ar, é importante entender que esse tema traz como pano de fundo as mudanças climáticas. “Quando falamos sobre o controle da emissão de poluentes, temos que falar do CO2. E um ponto importante é que o Espírito Santo, em breve, vai colocar em prática um plano de descarbonização, que já está pronto. O Estado está na vanguarda nesse tema”, pontuou.

Marcelo Santos também deu ênfase à importância de se trabalhar com a iniciativa privada, que cumpre um papel importante no desenvolvimento do país e pode oferecer soluções para o futuro.

“Nós vamos dialogar mais com novas ferramentas tecnológicas (...) para causar menos impacto e também garantir o desenvolvimento econômico social do nosso Estado”, frisou o presidente da Ales.

Os painelistas também citaram inovações tecnológicas que geraram um impacto positivo em outros grandes centros urbanos, resultando em uma melhora na qualidade do ar e também no engajamento da sociedade nas discussões sobre esse tema.

Um exemplo foram os painéis eletrônicos espalhados pela cidade de São Paulo, que exibem um indicador da qualidade do ar na capital. Segundo Neyval Costa Reis, tecnologias como esta são formas de incluir o público no debate, ao traduzir uma informação de forma acessível. O coordenador defendeu ainda que essa inclusão é importante para que a sociedade, de forma geral, informe-se sobre o seu impacto e também de outros setores nas partículas em suspensão no ar.

“A gente precisa tentar informar melhor a população, porque é um tema muito complexo”, comentou Neyval. “Quando o veículo passa na rua, ele emite o desgaste do pneu e também suspende a poluição que veio da indústria e de outros lugares. Então, a gente precisa, por exemplo, de varrição de ruas e outras atitudes de gestão que devem acontecer gradualmente”, completa.

Felipe Rigoni ecoou o sentimento do coordenador do Instituto de Estudos Climáticos da Ufes e acrescentou que essa união entre diferentes setores é uma realidade que gera resultados positivos no Estado.

“Há mais de 30 anos, a gente tem trabalhado nisso e já conseguimos resultados muito importantes. Tem muito a percorrer ainda, com certeza, mas já tem resultados muito importantes, que só foram possíveis porque as empresas se comprometeram, assim como o governo do Estado, as federações e a academia. Eu sempre louvo quando a gente tem eventos como esse para saudar esse tipo de união”, afirmou o secretário.

Segundo Rigoni, um desafio atual é encontrar soluções que permitam a medição automática dos níveis de poeira sedimentável no ar, para que sejam possíveis ações mais rápidas e efetivas. Ele afirma que essa tecnologia já está em desenvolvimento e pode se tornar realidade em um futuro próximo.

Para Paulo Baraona, a conscientização por parte das empresas e a popularização de conceitos como o ESG (governança ambiental, social e corporativa) contribuíram para os avanços que vemos hoje, além de destacar o Espírito Santo no cenário nacional quando o assunto é desenvolvimento sustentável.

“[A sustentabilidade] é um tema que está dentro dos objetivos do empresariado e dos industriais. Temos o ESG, que é um tema que está sempre em voga e em discussão, então essa é uma temática que a Federação tem se debruçado muito junto com os empresários e também junto ao Governo do Estado. Acho que nós temos um ambiente muito favorável, talvez até diferenciado, em relação aos outros Estados”, finalizou.

“A gente precisa tentar informar melhor a população, porque é um tema muito complexo”, destacou o coordenador do Instituto de Estudos Climáticos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Neyval Costa Reis.(Arthur Louzada )

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