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Por Isabel Junqueira


Priscila Ribeiro veste macacão, R$ 469; e Natasha Soares usa regata, R$ 189, e calça, R$ 329, macacão, R$ 469, tudo C&A apresenta Missoni (Foto: Helm Silva) — Foto: Vogue

Não surpreende que uma família tão solar como a Missoni tenha uma “quedinha” pelo Brasil. Da matriarca Rosita aos integrantes da terceira geração Francesco e Margherita, todos já visitaram o País várias vezes a negócios ou a lazer. Angela, diretora criativa da marca, é a única exceção. “O Brasil sempre esteve na minha mira, mas, como trabalho muito, só conheço lugares novos desta maneira”, lamenta por telefone a simpática italiana, que também é presidente da grife. Agora, Angela não tem mais desculpas: ela desembarca no País este mês para celebrar a coleção feita em parceria coma C&A, que festeja também os 65 anos da Missoni.

+ C&A apresenta Missoni
+ Missoni injeta bossa aos looks do dia a dia com seus tricôs multicoloridos

Certamente os cerca de 60 modelos coloridíssimos, marca registrada da label italiana, assim como os icônicos zigue-zagues, vão sumir rapidinho das araras das 29 lojas selecionadas e do e-commerce da rede de fast-fashion no dia 28 de novembro, quando serão lançados. Em 2011, a Missoni fez uma primeira colaboração com a americana Target, que segue até hoje como o case de maior sucesso da empresa: o site chegou a sair do ar em razão do número elevado de acessos, e o estoque em todas as lojas dos Estados Unidos se esgotou antes do horário do almoço. “Foi uma loucura. Deu um awareness impressionante para a Missoni”, relembra Angela, que vê neste tipo de parceria uma maneira de lutar contra as falsificações.

Assim como aconteceu com a Target, Angela não teve pressa em criar a coleção coma C&A, sempre com foco em manter a qualidade final do produto, mesmo com o preço mais baixo (as peças variam de R$ 60 a R$ 470). O processo de desenvolvimento levou dois anos, por conta da complexidade dos pontos e fios do tricô Missoni. Até então, a C&A nunca havia trabalhado nessa escala na técnica em retilínea — cerca de 80% das peças foram confeccionadas dessa maneira, com tramas que se assemelham às do tricô artesanal e, por isso, demandam muito mais tempo e cuidado na produção. Em alguns casos, ainda foram adicionados fiosmetálicos delicadíssimos de lurex.

Priscila Ribeiro usa vestido, R$ 449 (Foto: Helm Silva) — Foto: Vogue

“O resultado final é mais precioso do que geralmente se vê no fast-fashion”, garante a diretora criativa, que disse não ter reproduzido nenhum look de coleções passadas. Angela conta que, para agradar à clientela brasileira, o único pedido da C&A foi que a linha incluísse peças de jeans.

Vestido, R$ 449, macacão, R$ 299, e colete, R$ 369 (Foto: Helm Silva) — Foto: Vogue

Quando pedi para explicar a origem do estilo Missoni, ao mesmo tempo moderno e com pegada vintage, ela demorou para achar uma resposta. Mencionou os pais: a mistura do interesse por sportswear de Ottavio como olhar apurado de Rosita. E também uma máxima que toda a família acredita: estilo não está diretamente ligado a preço. Aliás, todo domingo ela peregrina às 8h com a mãe e a filha primogênita, Margherita, em busca de peças nos mercados de pulgas dos arredores de Gallarate, na região italiana da Lombardia, onde moram e trabalham. “Tudo meu é reciclado. Os objetos são antigos, mas o jeito de se apropriar é contemporâneo”, ensina.

Edição De Moda: Yasmine Sterea
Beleza: Renata Brazil (Group Art) com produtos Nars
Produção de moda: Patricia Bressiani, Morgana Ludwig e Bia Amaral
Direção executiva: Edgar Barbosa
Coordenação: Monica Borges
Assistentes de fotografia: Pedro Ivo
Assistente de beleza: Arthur Figueiredo
Tratamento de imagem: Factory Retouch
Agradecimentos: Copacabana Palace

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