Beleza
Publicidade

Por Da Redação


(Foto: Marcel Valvassory, Arquivo Vogue e Divulgação ) — Foto: Vogue

Sua avó já dizia que beber dois litros d'água por dia era cura para quase todos os males, de gripe a intestino preso, além de fundamental para limpar o organismo. Seu endocrinologista também bateu na tecla até cansar, reafirmando que os tais dois litros mínimos eram parte obrigatória da dieta para se livrar dos quilos extras. A questão é que agora não basta beber muita água: você tem de beber a certa.

Ao contrário do senso comum, água não é tudo igual. Ela pode ser mineral, purificada, filtrada, termal, efervescente, de geleira. E ainda pode ser dividida em neutra (pH 7), ácida (pH abaixo de 7) e alcalina (pH acima de 7). “O que define o pH e torna a água ácida ou alcalina é a quantidade de íons de hidrogênio presentes em sua composição”, esclarece a nutricionista funcional Karina Al Assal.

A versão com o pH acima de 7 tem sido apontada como uma forma de hidratação que promete dar um boost ao organismo. “Estudiosos observaram que, em lugares onde a água é naturalmente mais alcalina, a população tem expectativa de vida maior”, conta Liliane Oppermann, nutróloga e ex-diretora da Associação Médica Brasileira de Ortomolecular (AMBO). A água alcalina é ideal porque termina equilibrando o organismo. “Muitos hábitos contemporâneos estimulam a acidez, como dormir pouco, manter uma dieta
não balanceada, abusar de café, refrigerantes e bebidas alcoólicas, passar por períodos de estresse. O problema é que o pH ácido aumenta a ação dos radicais livres”, adverte Liliane. Para combater esses vilões-mores do envelhecimento, é preciso aumentar o pH do organismo, para então atingir o equilíbrio. E a água alcalina tem justamente esta função: combater a acidez gerada pelos (maus) hábitos cotidianos, reestabelecendo o pH neutro.

Ingerir apenas água alcalina – e inclua aí a usada para cozinhar e fazer sucos – é um bom ponto de partida para atingir esse nirvana do pH. “O balanço traz benefícios estéticos e funcionais: emagrecimento mais eficaz, cicatrização mais rápida, envelhecimento mais lento”, explica Liliane.

O caminho das pedras para encontrar a água ideal está impresso no rótulo: além do pH, procure por minerais. “O cálcio é importante para os ossos; o potássio é fundamental para o fluido intracelular e, ao lado do sódio, participa da manutenção do equilíbrio hídrico”, explica Karina. Além disso, se for possível, escolha uma água alcalina e ionizada, o que aumenta sua ação antioxidante – ela também é uma boa aliada no tratamento da gastrite ácida, como a causada por refluxo.

Há cinco anos no Brasil, a Bonafont, a água da Danone que se autointitula uma “água leve”, virou a predileta das mulheres que acreditam que bebendo litros diários vão emagrecer mais rápido. Como tem pouco sódio, ela de fato é uma água mais leve – e isso é bom principalmente para quem abusa de refrigerantes e industrializados. Mas não é a água perfeita porque tem pH ácido. “A Bonafont tem pouco teor de sódio, o que é bom para os hipertensos ou pessoas que precisam fazer controle desse mineral. Mas seu pH não faz dela a melhor água para o consumo”, opina Karina.

E como fazer na hora de cozinhar? Se não quiser gastar muitas garrafinhas de água mineral alcalina, a dica é instalar um filtro que alcalinize ou ionize a água. Assim, o estoque da “bebida do bem” sempre estará garantido. (ALESSANDRA MOURA)

Mais do vogue