Wellness
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Por Carolina Vasone


Aperte o pause (Foto: Mar+Vin/Arquivo Vogue) — Foto: Vogue

O nome já diz tudo: terapia complementar. Abrir a cabeça para novas maneiras de amenizar males como estresse, depressão e ansiedade pode ser uma saída válida para quem acredita que uma “forcinha extra” é muito bem-vinda aos tratamentos convencionais. “A ideia é se beneficiar da medicina ocidental junto com outras terapias. Não vou tratar uma fratura exposta com Barras de Access, assim como acredito que um médico não deveria tratar questões emocionais exclusivamente com remédios psiquiátricos, que, já se sabe, não curam a doença”, acredita Cesar Pötter, terapeuta de medicina chinesa há uma década, especialista em Reiki e Barras de Access, uma das novas terapias testadas nesta reportagem. Embora seja o tratamento mais recente de seu repertório, Cesar considera que o método tem poder terapêutico efetivo em uma única sessão.

No ano passado, a mãe dele enfrentou um câncer e, paralelamente ao tratamento médico, recebeu sessões de Barras, uma técnica de reprogramação emocional e física a partir do toque de 32 pontos na cabeça. “O oncologista disse que não sabia o que estávamos fazendo com ela, mas disse que podíamos continuar, porque ela estava ótima”, lembra, sobre o bem-sucedido processo de recuperação.

Aperte o pause (Foto: Mar+Vin/Arquivo Vogue) — Foto: Vogue

“A medicina conservadora é pautada pela evidência. Você tem que fazer uma substância, em testes às cegas, funcionar para todo mundo. Assim, outras formas de medicina ou terapias que levem em conta a individualidade de cada um para funcionar, como a homeopatia, não se comprovam neste sistema”, explica Silvio Laganá, médico alopata de formação, nutrólogo e homeopata há mais de 40 anos na Clínica Aspin, em São Paulo. Ele alerta, porém, para a importância de procurar um profissional preparado e confiável para qualquer tipo de intervenção. Conheça aqui as cinco terapias que redação da Vogue testou.

BARRAS DE ACCESS
O que é: Criado nos anos 90 pelo psicólogo americano Gary Douglas, o método funciona a partir da determinação de 32 pontos na cabeça, correspondentes a diferentes áreas e aspectos da vida que podem se relacionar – a ideia da barra tem a ver com a ligação imaginária entre um ponto e outro. Durante a sessão, o terapeuta toca suavemente esses pontos para “liberar” a carga eletromagnética de todos os pensamentos, ideias, atitudes, traumas e crenças que podem ter prejudicado o paciente.
Benefícios: “Você pode passar por uma mesma situação, ainda se lembrar daquele trauma, mas a emoção e o sofrimento relacionados a ele não estão mais ali”, diz Pötter.
Como foi: “Deitei na maca e relaxei. Não é obrigatório, mas ele me aconselhou a pensar sobre temas que me incomodam e que eu gostaria de “reprogramar”. Durante uma hora e meia, senti apenas o leve toque dos seus dedos na cabeça. Não sou de dormir nesses tratamentos, mas caí no sono no meio do processo. Acordei no fim da sessão, com a sensação de estar mais presente e atenta”, conta Carolina Vasone, repórter.
Pötter Wellness: R$ 300 a sessão, tel. (11) 96653-3506, SP

TANQUE DE FLUTUAÇÃO
O que é: Inspirado em uma técnica desenvolvida por um neurocientista nos anos 50, o tanque (uma cápsula fechada com design futurista) é preenchido com mil litros de água a 35,3 °C e 500 quilos de sal de Epsom, para que a pessoa f lutue como no mar Morto, em silêncio e no escuro.
Benefícios: A sensação de gravidade e o isolamento sensorial induzem ao relaxamento profundo, combatendo a ansiedade e o estresse, e estimulam o estado meditativo. O sulfato de magnésio do sal tem propriedades anti-inflamatórias.
Como foi: “Por uma hora, fiquei boiando, em total escuridão, dentro de uma câmara digna de f icção científ ica. No começo, foi estranho, mas logo ‘viajei’ e, quando me dei conta, a sessão tinha acabado e levado embora toda minha tensão. É também possível deixar a cápsula aberta ou usar luzes cromoterápicas, mas Tobias Nold, sócio-fundador do Flutuar Float Center, explica que o escuro potencializa o relaxamento”, diz Anita Porfirio, editora-assistente digital.
Flutuar Float Center: a partir de R$ 150 (1h), tel. (11) 96379-2036, SP

PSYCH-K
O que é: Criado em 1988 pelo psicólogo norte-americano Robert Williams, é um método de mudança de crenças por meio de sete diferentes posturas. Elas criam ondas cerebrais propícias para a terapia, associadas a um mantra criado pelo facilitador a partir de um tema que o paciente quer tratar. O número de sessões por crença depende do cliente, mas costuma variar entre duas e três, segundo Frésia de Sá, fisioterapeuta da Biointegral, em São Paulo.
Benefícios: Mudança de comportamento e hábitos, redução do estresse.
Como foi: “A terapia, de duas horas e meia, começou com uma entrevista em que Frésia me perguntou sobre o que mais me incomodava. A partir disso, ela criou uma frase para que eu repetisse durante a consulta e dez vezes por dia em casa. Por meio de um exercício de força, me mostrou como era mais difícil empurrar sua mão quando o movimento era associado a uma afirmação falsa, e vice-versa. Depois de executar posturas junto coma repetição da frase, refez o teste, para ver se minha crença havia enfraquecido. Não notei nenhuma mudança imediata, mas continuo aplicando o mantra em casa”, relata Daphne Reis, assistente administrativa.
Biointegral: R$ 350 a sessão (cerca de 2h), tel. (11) 4113-7706, SP

CRISTAIS E PEDRAS
O que são: Duas terapias com pedras ou cristais como ponto central. “Em termos terapêuticos, podemos dizer que as pedras, em seu estadomais bruto, são o início de um processo de cura. Os cristais são pedras cuja estrutura cristalina foi transmutada para atuar numa cura específica”, conta Marcos Yshida, reikiano e especialista em terapia Thai, do Kurma Spa, em São Paulo.
Benefícios: Tanto a pedra como o cristal atuam no equilíbrio das frequências energéticas do corpo.
Como foi: “Na Energy Flow são colocadas pedras nas palmas das mãos e solas dos pés. A sensação é de peso nesses pontos, como se fossem os bloqueios a serem liberados. Marcos faz uma massagem com toque tailandês e finaliza com tapinhas usando um martelo chinês (instrumento demadeira) para ajudar a liberar a energia bloqueada. Não dói. Saí da sessão me sentindo mais conectada com o meu corpo. Já na Cristaloterapia, cristais foram colocados em cima dos meus chakras para que fossem reequilibrados. Fiquei deitada e vestida. A terapeuta não te toca. Me senti mais calma, mas o efeito imediato não foi tão potente quanto comas pedras”, conta Carolina.
Espaço Kurma: Energy Flow, R$ 197 (60 min) e Cristaloterapia, R$ 189, tel. (11) 2528-9588, SP

DEEKSHA
O que é: Também conhecida como Bênção da Unidade, trata-se de uma vibração energética transmitida por um doador por meio de um toque suave no topo da cabeça: o chakra coronário. Surgiu em 1989 na Índia, a partir de uma experiência de Krishna, filho dos líderes espirituais indianos Sri Amma e Sri Bhagavan, fundadores da escola espiritual Oneness University.
Benefícios: Expansão da consciência, clareza mental, aumento da concentração e paz interior.
Como foi: “Na versão que experimentei, a terapeuta Denise Dahdah aplicou o Deeksha seguido do Reiki, outro método de energização, só que japonês. Não houve toque, mas sim o posicionamento das mãos no topo da minha cabeça. Mantive os olhos fechados, deitada na maca, com uma sensação relaxante e um leve calor que parecia acompanhar o movimento das mãos da terapeuta, mas depois descobri que nem sempre elas estavam onde eu imaginava. O efeito é muito tranquilizante”, comenta Carolina.
Temple Terapias: R$ 150 a sessão, tel. (11) 99286-0470, SP

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