O uso indiscriminado das tecnologias pelas crianças: o motivador da ansiedade infantil. - Banco de redações

Com o advento da Quarta Revolução Industrial, o acesso a dispositivos eletrônicos, como celulares e notebooks, se tornou comum na sociedade contemporânea. Contudo, ao passo que esse universo tecnológico tem aberto oportunidades de socialização e informação, nota-se o crescente número de casos de ansiedade ligados ao uso indiscriminado das tecnologias no Brasil, sobretudo em crianças que as utilizam, seja pela falta de acompanhamento, que cabe aos responsáveis, seja pelos jogos e conteúdos cada vez mais apelativos, encontrados nas redes sociais. Dessa forma, é imperativo analisar ambas as problemáticas em questão no país. 

Partindo dessa conjuntura, cabe discorrer sobre como a falta de fiscalização, por parte dos responsáveis, tem influenciado no aumento da ansiedade em crianças. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA, é dever legal dos pais e/ou responsáveis zelar e acompanhar as ações dos menores de idade sob sua responsabilidade. No entanto, é perceptível que, em alguns casos, não há devida atenção sobre as ações infantis, ora pela ocupação em outras atividades, ora pela desleixo parental, o que cria brechas para o uso indiscriminado das tecnologias pelos menores, trazendo uma dependência das crianças aos dispositivos eletrônicos e, posteriormente, a ansiedade para uma nova utilização desses meios. Desse modo, infelizmente, o grupo infantil se torna suscetível ao problema mental em questão.

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Outrossim, salienta-se a divulgação de conteúdos cada vez mais apelativos como influenciador de estímulos mentais que geram ansiedade nas crianças. Sob essa perspectiva, de acordo com a Neurociência, a utilização de telas, por exemplo as dos celulares, dos tablets e dos computadores, provoca reações cerebrais, como liberação de dopamina e cortisol, um dos hormônios responsáveis pela ansiedade, podendo se agravar quanto mais novo for o usuário. Essa constatação científica, quando somada ao fato da criação de vídeos apelativos e jogos de alta imersão, revela a vulnerabilidade do grupo infantil em meio a essas tecnologias, as quais podem, como supracitado, desencadear ansiedade. Logo, é importante que se evite o uso desmedido desses dispositivos pelas crianças no Brasil. 

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, cabe aos pais e/ou responsáveis delimitarem o uso de tecnologias pelas crianças e incentivarem outras práticas de lazer saudáveis e desvinculadas dos meios tecnológicos, por meio da criação de um programa, por parte do Estado, chamado "Infância de Verdade", o qual irá criar centros públicos e gratuitos de esportes e brincadeiras, voltadas ao público infantil. Assim, será possível frear o aumento da ansiedade entre as crianças, promovendo ações benéficas. (Proposta completa)