Os papéis da Vale operaram em queda significativa durante o pregão de hoje na B3 e na bolsa de Nova York, a Nyse. A ação (VALE3) fechou em queda de 2,11%, cotada a R$ 62,22. Na Nyse, os recibos de ações (ADRs) recuaram 2,51%, a US$ 12,06.
Ontem, a companhia divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre. A mineradora, detentora da maior fatia do Ibovespa, de 12%, reportou um lucro líquido atribuível aos acionistas 13% menor na comparação com o mesmo período de 2023.
O resultado mais fraco era esperado pela maioria do mercado, em especial por conta da desvalorização do minério de ferro no mercado internacional. Justamente por isso, na medida, a piora no cenário já havia sido atribuída no preço dos papéis da empresa, que desvalorizaram 14%, no acumulado de 2024, até o fechamento de ontem.
Conforme avalia o Citi, os resultados financeiros da Vale foram impactados por maiores curtos nas operações de minério de ferro e cobre. O banco destaca que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, de US$ 3,5 bilhões, ficou abaixo da estimativa de US$ 3,5 bilhões.
Por outro lado, a geração de fluxo de caixa, de US$ 2 bilhões, foi sustentada principalmente por capital de giro. O banco também chama atenção para o aumento nos investimentos previstos no projeto Serra Sul, de US$ 1,5 bilhão para US$ 2,5 bilhões.
A recomendação do Citi é de compra, com preço-alvo em US$ 18,50 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse).
Os resultados financeiros ficaram abaixo do esperado pelo Santander, com destaque para o ebitda ajustado de US$ 3,5 bilhões, 8% abaixo das estimativas, por conta dos custos e menores preços realizados do níquel.
O banco destaca que a geração de caixa em US$ 2 bilhões foi um ponto positivo do balanço, assim como o resultado que as melhores vendas de minério e cobre tiveram nos números trimestrais.
O Santander tem recomendação de compra, com preço-alvo em US$ 19 para os recibos de ação (ADRs).
O maior custo caixa C1 do minério de ferro, que é o custo de produção e frete da mina até o porto, também foi o ponto negativo, apesar de resultados acima do esperado em metais básicos, avalia o Goldman Sachs.
O ebitda ficou 7% abaixo da projeção, escrevem os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, em relatório. Segundo eles, o custo das mercadorias vendidas decepcionante tanto para finos quanto para pelotas, ficando 7% e 6% acima do esperado devido a taxas de frete e câmbio mais altas.
Além disso, a Vale revisou o investimento para o projeto Serra Sul de US$ 1,5 bilhão para US$ 2,8 bilhões, mas manteve a data de início e capacidade inalteradas, dizem os analistas.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para os ADRs da Vale, com preço-alvo de US$ 16,20.
Já para o BTG Pactual, apesar dos resultados corresponderem amplamente às estimativas de consenso, mostrou algum progresso em sua unidade de minério de ferro, com preços realizados ligeiramente melhores e custo caixa C1, da mina ao porto, praticamente estável.
Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner escrevem, em relatório, que ainda existem dificuldades, tais como a falta de visibilidade sobre o valor total das provisões, principalmente relacionadas à Samarco, e custos do minério de ferro na China permanecendo elevados e acima da projeção.
No entanto, a empresa conseguiu entregar uma geração de fluxo de caixa livre bastante razoável, e os volumes de minério de ferro estão no máximo de vários trimestres.
O BTG tem recomendação neutra para os recibos de ações (ADRs) da Vale, com preço-alvo de US$ 16.
Por sua vez, o Bradesco BBI avalia os resultados financeiros como robustos no primeiro trimestre, mesmo com os preços mais baixos do período.
Os analistas Rafael Barcellos, Camilla Barder e Matheus Moreira escrevem que o Ebitda ajustado de US$ 3,3 bilhões superou em 4% as estimativas do banco, apoiado na performance operacional.
O banco destaca que a mineradora teve boa performance de custos, apoiada na performance operacional, a maior produção desde o primeiro trimestre de 2019.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 19 para os ADRs.
Com informações do Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico.
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