Eletrobras troca prejuízo por lucro; Veja o que dizem os analistas

As receitas da companhia do setor elétrico chegaram a R$ 9,92 bilhões entre outubro e dezembro, crescimento de 10% sobre o mesmo período de 2022. O faturamento vindo das operações de geração aumentou 6% e os de transmissão 26%.

A Eletrobras apresentou maiores provisionamentos e custos com encargos e combustível nos resultados de quarto trimestre, mas continuou em trajetória positiva na obtenção de avanços operacionais, diz a Ativa Investimentos.

O analista Ilan Arbetman escreve que a empresa continuou trabalhando na resolução da sua principal questão, reduzindo empréstimos compulsórios, e também diminuiu despesas com pessoal e materiais.

Esse avanço, juntamente com maiores receitas de geração, em decorrência do maior volume de vendas, e em transmissão, ajudaram o Ebitda da empresa a superar estimativas no período.

“Ainda que as ações da empresa sigam repercutindo ruídos políticos e os ainda baixos preços de energia, continuamos a acreditar que os seus múltiplos atuais não refletem inteiramente o seu potencial”, comenta a corretora.

A Ativa Investimentos tem recomendação de compra para Eletrobras, com preço-alvo em R$ 54 para as ações ordinárias. Há pouco, os papéis subiam 2,03%, cotados em R$ 44,27.

Os resultados da Eletrobras foram afetados por efeitos não recorrentes e aumento de provisões no quarto trimestre, mas uma boa performance de custos e redução nos compulsórios mantém a boa trajetória pós-privatização, diz o Itaú BBA.

Os analistas liderados por Marcelo Sá escrevem que o Ebitda recorrente ajustado de R$ 5,36 bilhões ficou abaixo da estimativa de R$ 5,81 bilhões por conta de provisões, mas mesmo assim teve bom crescimento na comparação anual.

Os destaques positivos ficaram por conta da redução de R$ 1,9 bilhão nos empréstimos compulsórios, chegando a R$ 17,2 bilhões, e de 27% nos custos gerenciáveis, mostrando os avanços da diretoria na estratégia pós-privatização.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para Eletrobras, com preço-alvo em R$ 59,60 para as ações ordinárias. Há pouco, os papéis subiam 0,67%, cotados em R$ 43,68.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico