Brasil e Política

Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo


As vendas no varejo restrito subiram 0,9% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13).

O resultado veio abaixo da mediana de 28 estimativas de consultorias e instituições financeiras compiladas pelo Valor Data, que apontava para uma alta de 1,5% no volume de vendas em abril ante março. O intervalo das projeções ia de uma queda de 0,5% até um avanço de 3,8%. O resultado, no entanto, mostra o quarto mês seguido de variações positivas no setor.

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 2,2% em relação a abril de 2023. Segundo o IBGE, esta foi a 11ª taxa consecutiva no campo positivo. O acumulado no ano chegou a 4,9% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,7%.

Varejo ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 1,0% na comparação mensal.

Já na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 4,9% em abril deste ano ante o mesmo mês de 2023. Assim, a alta é de 4,7% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2023. Em 12 meses, o avanço é de 3,3%.

Por que o mercado está olhando para esses dados?

Neste momento, os indicadores da atividade econômica no país importam ao mercado, especialmente devido aos alertas recentes do Banco Central (BC). Se por um lado uma atividade econômica forte é positiva para o crescimento do país, por outro, alguns indicadores preocupam porque podem trazer também mais pressões inflacionárias, justamente o que teme a autoridade monetária.

O que subiu e o que caiu?

  • Abril x março

Na comparação de abril com março, houve taxas positivas em cinco das oito atividades pesquisadas pelo IBGE.

A categoria Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registrou aumento de 14,2%. Já o item Móveis e eletrodomésticos teve alta de 2,4%; Combustíveis e lubrificantes subiu 2,2%; Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou um aumento de 1,5% e Artigos farmaceuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria subiu 0,6%.

Por outro lado, a categoria Livros, jornais, revistas e papelaria registrou queda de 0,4% e a de Tecidos, vestuário e calçados caiu 0,7%. Por fim, o item de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou estabilidade nessa comparação.

  • Abril de 2024 x abril de 2023

Já em relação a abril de 2023, seis dos oito setores investigados avançaram. A categoria artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve alta de 18,9%; Equipamentos e material para escritório informática e comunicação subiu 16,1%; Móveis e eletrodomésticos registrou avanço de 8,0%; o item Outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 4,6%; Livros, jornais, revistas e papelaria subiu 2,4% e Combustíveis e lubrificantes teve alta de 1,8%.

Os itens que recuaram na mesma base de comparação foram Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 1,3% e Tecidos, vestuário e calçados, que caiu 1,5%.

  • Varejo ampliado

No comércio varejista ampliado, tanto a atividade de Veículos, motos, partes e peças quanto a de Material de Construção tiveram resultados positivos frente março, com altas de 1,6% e 1,9%, respectivamente.

Já ante abril de 2023, as categorias Veículos e motos, partes e peças e também Material de construção cresceram quando comparados a abril do ano passado (as altas foram de 28,8% e 16,3%, respectivamente). Já a atividade de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 13,0%.

Varejo; compras; consumo — Foto: Getty Images
Varejo; compras; consumo — Foto: Getty Images
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