Um a cada três consumidores já sofreu fraude ao comprar on-line. Veja dicas para evitar

Contudo, a maioria dos compradores diz que se sente seguro ao fazer isso, conforme um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo

Por Júlia Lewgoy, Valor Investe — São Paulo


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Um a cada três (27%) brasileiros que compram na internet afirma que já sofreu alguma fraude ao consumir on-line, mas a maioria dos compradores (87%) diz que se sente seguro ao fazer isso, conforme um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o aplicativo de micro tarefas Pinion. Foram entrevistados 804 consumidores em todo o país.

As principais fraudes citadas pelos entrevistados são não recebimento do produto adquirido (57%) e recebimento do produto errado ou com defeito (33%). Na sequência, estão fraudes no cartão de crédito (31%), vazamento dos dados pessoais (17%) e fraude na geração de boleto (12%).

A maioria das pessoas (58%) afirma que costuma denunciar a fraude e os canais de denúncia principais são o site Reclame Aqui (40%) e o Procon (22%). Em 40% das fraudes denunciadas, a ocorrência não foi resolvida.

O levantamento ainda aponta que 38% dos compradores afirmam se sentir mais seguros ao fazer compras on-line em marketplaces, sites em que os produtos são fornecidos por diferentes empresas. AliExpress (25%), Magazine Luiza (21%) e Shopee (15%) são os sites onde os consumidores se sentem mais seguros, enquanto Casas Bahia (4%), Shein (6%) e Americanas (8%) aparecem em último lugar nesse ranking.

Veja dicas para evitar as fraudes

Os brasileiros sofreram ao redor de 284 mil tentativas de fraude de identidade em janeiro, dado mais recente, o que aponta que a cada nove segundos, um comprador é vítima, conforme um indicador da Serasa Experian. A empresa dá as seguintes dicas para os consumidores evitarem as fraudes:

  • Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;
  • Desconfie de ofertas de produtos e serviços com preços muito abaixo do mercado. É comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar dados de cartão de crédito, informações pessoais e senhas;
  • Tenha atenção com arquivos compartilhados e links em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus;
  • Cadastre suas chaves do Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como agências, aplicativo ou site das instituições financeiras;
  • Não forneça códigos de acesso ou senhas fora do site do banco ou do aplicativo;
  • Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
  • Inclua suas informações pessoais e dados de cartão apenas se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro.

— Foto: GettyImages

"Garantir uma segura jornada de compra e dar um suporte para eventuais problemas que aconteçam em uma compra digital é essencial para as varejistas prosperarem no Brasil", afirma Eduardo Terra, diretor-presidente da SBVC.

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