Busca por proteção faz disparar aluguel de ações e ETFs na bolsa

Volume de aluguel de ações e ETFs na bolsa é o maior em 12 meses; 38% das cotas do maior ETF de Ibovespa estão alugadas

Por Juliana Machado, Valor — São Paulo


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O mercado de aluguel de ativos está bastante aquecido, o que significa que o investidor está elevando suas apostas contra a bolsa no curto prazo ou buscando proteção para sua carteira de ações — ou ambos. Em maio, cresceu o volume de contratos alugados de um dos fundos de índice (ETF) mais negociados no Brasil: o BOVA11, que persegue a rentabilidade do Ibovespa. Cerca de 38% das cotas desse ETF negociadas no mercado estão alugadas. É o maior percentual de 2019 até o momento.

Para se ter uma ideia do que isso representa, de janeiro até abril, esse percentual oscilou sempre entre 28% e 30%. Historicamente, os contratos alugados em relação ao volume total de cotas em circulação foi crescendo ano a ano desde 2014 até 2018, mas nunca havia superado os 30%.

Entenda: Quando um investidor toma emprestado um ativo (numa operação de aluguel), o objetivo é vendê-lo no mercado naquele momento, com a intenção de recomprá-lo por um preço menor no futuro. Por isso, essa estratégia ganha apelo em momentos de baixa da bolsa.

Já a outra ponta da operação, aquela que disponibiliza os ativos para serem alugados, normalmente tem uma estratégia de investimento de mais longo prazo, e recebe juros pelo período em que as ações ou cotas de fundos estão alugadas. A taxa de juros acaba sendo um rendimento complementar, e é definida pela oferta e demanda por determinado ativo.

Mais informações sobre esse movimento de mercado, na íntegra da matéria no Valor Econômico.

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