Mesmo com resultados sólidos no 1º tri, Assaí (ASAI3) tem dia triste na bolsa

Acompanhe os pontos positivos e negativos do balanço divulgado na noite de quarta-feira (24), e as recomendações para os ativos após os dados

Por Valor Investe — São Paulo


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As ações do Assaí operaram entre as maiores quedas do dia no pregão da B3, com o mercado reagindo ao balanço que demonstrou um lucro líquido de R$ 60 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 16,7% em relação ao apresentado um ano antes.

O papel (ASAI3) fechou em queda de 3,34%, cotado a R$ 13,31.

Parte dos analistas destaca que os resultados do Assaí para o primeiro trimestre foram sólidos, com rentabilidade robusta e menor queima de caixa. O receita da empresa subiu 14,1%, para R$ 17,22 bilhões.

Veja, abaixo, os pontos positivos e negativos do balanço divulgado na noite de quarta-feira (24), e as recomendações para os ativos após os dados.

Itaú BBA

Os resultados do Assaí para o primeiro trimestre foram sólidos com a receita praticamente em linha com a projeção e uma rentabilidade ligeiramente melhor, avaliou o Itaú BBA.

“As tendências de rentabilidade superaram nossa previsão devido a uma margem bruta mais alta do que o esperado, resultando em uma margem Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de 7,1%. A alavancagem permaneceu praticamente inalterada trimestre a trimestre, o que consideramos favorável considerando a sazonalidade”, escrevem os analistas liderados por Thiago Macruz.

Olhando para frente, o banco espera que a recuperação da inflação alimentar e o modelo de negócios favorável do Assaí possam sustentar o processo de desalavancagem da companhia, que tem sido um tópico importante de discussão com investidores.

O Itaú BBA manteve recomendação de compra para a Assaí, com preço-alvo a R$ 16,60.

Goldman Sachs

O Assaí apresentou resultados marcados por rentabilidade robusta, refletindo a expansão da margem bruta e principalmente o forte controle de despesas, mais do que compensando a receita levemente abaixo do esperado, diz o Goldman Sachs, em relatório.

As vendas mesmas lojas continuaram a acelerar e vieram acima de seu principal concorrente Carrefour Brasil, graças ao tíquete mais elevado no contexto de uma inflação de alimentos mais normalizada, escrevem os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, em relatório.

Eles destacam que as lojas convertidas em 2022 continuaram a amadurecer, com receita bruta média de R$ 26 milhões por mês, alta de 18% em base anual. Já a margem bruta cresceu para 16,3% devido ao desempenho das lojas convertidas e a uma estratégia comercial bem executada, enquanto as despesas recuaram com a maturação de novas lojas e maior eficiência operacional geral, dizem eles.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Assaí, com preço-alvo de R$ 16.

Citi

Os resultados do Assaí ficaram dentro do esperado no primeiro trimestre, mostrando disciplina de custos consistente e boa notícia na redução de meta de alavancagem, diz o Citi.

Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo escrevem que as vendas ficaram 2% abaixo de suas estimativas, decorrente de uma performance ainda em evolução das lojas Extra convertidas.

O banco destaca que o Assaí não tem gatilhos de curto prazo, deixando os múltiplos das ações elevados neste momento, mesmo com a surpresa positiva na redução da projeção de alavancagem divulgada ano passado.

O Citi tem recomendação neutra para Assaí, com preço-alvo em R$ 15.

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Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

— Foto: Getty Images
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