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Por XP Empresas

Com o IPCA batendo 10,25% no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em setembro, não apenas as famílias enfrentam desafios para fechar seus orçamentos. As pequenas e médias empresas vêm enfrentando uma situação cada vez mais alarmante, em especial se considerarmos que, em geral, essas empresas têm bases de custos diversificadas, o que torna sua inflação efetiva invariavelmente maior do que o índice oficial.

“Esse cenário demanda uma gestão de caixa ainda mais inteligente. Mais especializada”, avalia Daniel Jimenez, head de PMEs da XP. A área que Jimenez lidera vem se debruçando sobre o segmento para entendê-lo melhor. Entre os diferentes esforços está um recém-concluído estudo que entrevistou 900 PMEs e cruzou dados do Banco Central, IBGE, Anbima e outras fontes. Entre os muito achados um chama atenção: PMEs brasileiras têm aproximadamente R$ 1 trilhão de saldo parado em suas contas ou mal investido. “Sem investir esse montante, elas perdem em torno de R$ 10 bilhões em poder de compra todo mês para pagar salários e demais despesas, comprar insumos, amortizar dívidas e pagar juros. Resgatar essa possibilidade é para ontem.” Para ajudar nessa missão, parte do estudo teve como objetivo entender a realidade desses pequenos negócios, assim como identificar suas principais dores. Em cima dos resultados, Jimenez conclui que o setor bancário precisa atender melhor as PMEs. “Hoje, falta empatia com esse cliente. O atendimento é passivo. É preciso um legítimo interesse em resolver suas dores”, completa Jimenez, que vê também na educação financeira outro gargalo.

No universo pessoa física (PF), aparentemente, esse obstáculo vai ficando para trás com a inclusão bancária se massificando. Em outra frente, números da B3 mostram que o total de investidores PFs na bolsa vem aumentando: desde 2020, são 500 mil novos investidores por semestre. “É reflexo de que o brasileiro cada vez mais entende a importância de investir”, diz Jimenez.

Para ele, contudo, esse processo ainda está no começo entre as Pessoas Jurídicas (PJs) de pequeno porte. “Muitos desses CNPJs desconhecem que existem investimentos que ofertam maior liquidez e proteção contra a inflação. Há ainda outro problema, dessa vez de gestão.” Ao mesmo tempo, Jimenez reconhece que pegar na mão de PMEs para atendê-las individualmente é proibitivo para o sistema financeiro, mas ele vê na tecnologia um aliado valioso. E, nesse contexto, o Open Banking – cuja terceira fase de implementação começou no final de outubro – é uma janela de oportunidade. “O Open Banking e o Open Finance diminuirão a assimetria de informação entre clientes e instituições. Assim, ao receber do usuário consentimento para acessar seu histórico financeiro, a instituição poderá conhecer melhor as condições do cliente, crescendo as chances de atender às suas expectativas e necessidades.” Rodrigo Moreira, head da XP Empresas, braço da XP Inc. responsável pelo relacionamento com empresas, ressalta que o Open Finance também possibilitará uma visão holística do caixa dos clientes.

“Com o consentimento do cliente, o assessor terá as informações necessárias para auxiliá-lo a gerir seu caixa de forma dedicada, investindo-o ativamente e mitigando as perdas para a inflação.”

A XP vai apostar em uma estratégia que mistura digital e físico. “No primeiro caso, isso significa oferecer um sistema user friendly para facilitar a vida financeira do cliente com uma jornada customizada.

Do outro, um assessor que conhece bem a empresa para descomplicar o que ele não conseguiu resolver online.” Jimenez salienta o valor parado: no contexto econômico atual, com inflação em dois dígitos, Selic em viés de alta e câmbio desfavorável, o que as PMEs deveriam fazer com seu dinheiro? “Hoje, guardar de forma resiliente é imperativo para encarar 2022. Para quem não tem caixa excedente, criá-lo é vital”, diz. “Às PMEs recomendamos investir em produtos que conversem com suas necessidades de caixa. Para o momento, investimentos de renda fixa que as protejam das perdas inflacionárias são boas pedidas”, finaliza.

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