As despesas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) continuam correndo muito à frente das receitas líquidas, e o déficit primário continua aumentando. O resultado de maio, um rombo de R$ 61 bilhões, confirma as dificuldades do governo, que se debate entre fazer ou não um contingenciamento de receitas para tentar chegar à meta, com margem para menos, de 0,25% do PIB, ou R$ 28,8 bilhões. O presidente Lula, em entrevista ontem ao portal UOL, deu limites para eventuais ajustes e colocou em dúvida a necessidade de cortar despesas, que não é claramente sua preferência. “O problema não é ter que cortar, é saber se precisa efetivamente cortar ou se precisa aumentar a arrecadação”, disse o presidente.
Rombo fiscal deve exigir contingenciamento de gastos
Será difícil aumentar a arrecadação para cumprir a meta fiscal, por um motivo simples: ela já está crescendo muito