O mercado brasileiro de defensivos biológicos tem potencial para representar entre 25% a 30% do setor de defensivos, que inclui os químicos, até a próxima década. Atualmente, essas soluções representam cerca de 2% das vendas do segmento, de R$ 81 bilhões anuais.
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“Visualizamos um mercado com esse potencial para os biológicos, de 25% a 30% do total do setor, com as tecnologias que existem hoje”, disse Alexandre del Nero Frizzo, CFO da Vittia, empresa brasileira de insumos, durante um evento destinado a investidores. Segundo o executivo, as soluções biológicas são eficientes, contribuem para o aumento da produtividade por hectare, e sustentáveis.
O controle de pragas em lavouras por meio de elementos da natureza, como fungos e bactérias (microbiológicos) ou insetos (macrobiológicos), ganhou espaço rapidamente nos últimos quatro anos. Estudo recente da Spark Inteligência Estratégica, que agora pertence à consultoria Kynetec, mostrou que a receita do segmento cresce quase 40% a cada ciclo agrícola desde 2018, alcançando quase R$ 2 bilhões na safra 2020/21. Os produtores usam as soluções combinadas com os químicos.
A Vittia, que tem na comercialização desses produtos um carro-chefe, tem investido no aprimoramento genético para ofertar inovações, reiterou o CEO da companhia, Wilson Romanini. De olho no potencial do mercado, a companhia investe R$ 160 milhões em uma nova planta industrial em São Joaquim da Barra (SP), onde fica a sede.
Com a venda de outros insumos, como inoculantes, que contribuem para a nutrição de plantas, a companhia teve lucro líquido de R$ 77,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 38% em comparação ao mesmo trimestre de 2021. A receita do período aumentou 8,5%, para R$ 307,7 milhões.