Receita com exportações de carne suína caiu 4,5% em setembro

Queda dos embarques para a China afetou desempenho no mês passado, diz ABPA

Por Camila Souza Ramos, Valor — São Paulo


A receita com as exportações de carne suína (de produtos in natura e processados) no mês passado recuou 4,5% em comparação com setembro de 2021, para US$ 244,3 milhões, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A baixa demanda chinesa afetou o desempenho.

LEIA TAMBÉM:

O volume dos embarques somou 102,7 mil toneladas, o que representou uma queda de 8,5% em relação a setembro do ano passado. A China continuou a ser o principal destino da carne suína brasileira, mas as vendas ao país diminuíram 12,1%, para 46,9 mil toneladas. Já as exportações para Hong Kong, o segundo maior comprador, diminuíram 48,5%, para 8,1 mil toneladas.

China é o maior importador da carne suína brasileira — Foto: Qilai Shen/Bloomberg

As vendas de carne suína ao exterior estão mais fracas do que em 2021 desde o início do ano. No acumulado até setembro, o volume 825 mil toneladas, ou 5% a menos do que no mesmo período do ano passado.

Porém, ao longo de 2022, o volume tem crescido gradativamente. “No primeiro trimestre, a média mensal ficou abaixo de 80 mil toneladas. Nos três meses seguintes, a média foi superior a 90 mil toneladas. E, no terceiro trimestre, superamos a média mensal de 100 mil toneladas, o que sinaliza um fechamento de ano acima das projeções do início de 2022, em patamares próximos ao de 2021”, disse Ricardo Santin, presidente da ABPA, em nota.

O preço da carne suína exportada tem se recuperado desde junho e, no mês passado, aproximou-se do valor registrado no ápice da crise de peste suína africana. Entre 2018 e 2019, a doença fez a China perder cerca de 40% de seu rebanho de suínos.

“[O aumento dos preços] É uma sinalização positiva para o comportamento das exportações neste segundo semestre e para a minimização das perdas da suinocultura brasileira no primeiro semestre. Vale destacar também a diversificação de mercados ao longo de 2022, com o Brasil aumentando as exportações para países de todas as regiões do mundo”, disse Luís Rua, diretor de mercados da associação, em nota.

Mais recente Próxima Emater-MG apura perdas causadas por chuvas de granizo em Minas

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!