Finanças
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Por , Valor — São Paulo

O dólar não tem parado de subir nas últimas semanas, fechando, nesta quarta-feira (26), a R$ 5,5188, maior patamar de fechamento desde 18 de janeiro de 2022 (R$ 5,5598). Neste ano, a moeda americanaavançou 13,73% ante o real. Somente nesta quarta, a alta foi de 1,20%.

Mas por que o real não para de se desvalorizar? Há dois motivos principais.

No início deste ano, até o fim de março, o dólar operou majoritariamente abaixo de R$ 5, com a perspectiva de início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos a partir de março. No entanto, diante da inflação resiliente, este cenário acabou não se concretizando.

A expectativa do mercado agora é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) só comece a cortar os juros em setembro deste ano, embora alguns dirigentes da autoridade monetária tenham adotado um tom ainda mais conservador. A diretora Michelle Bowman, por exemplo, falou nesta terça-feira em redução dos Fed Funds apenas em 2025.

Diante disso, o dólar tem se fortalecido globalmente, uma vez que as taxas de juros mais altas nos EUA retiram atratividade de outros mercados, principalmente os emergentes, como o brasileiro.

O outro fator é doméstico. O clima no câmbio azedou de vez desde que o governo Lula mudou, em abril, a meta fiscal de 2025 de um superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para déficit zero. A dificuldade do governo em promover cortes de gastos para ajustar as contas públicas tem preocupado economistas e desde então tem pressionando o câmbio, a bolsa e os juros futuros.

Nesta quarta-feira, o dólar deu mais um salto, superando o nível psicológico de R$ 5,50. Além da moeda americana forte no exterior, novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pesaram sobre o mercado local. Em entrevista ao portal UOL, o presidente disse que o problema não é ter que cortar gastos, "é saber se precisa efetivamente cortar ou aumentar a arrecadação".

O que também tem preocupado agentes do mercado é a sucessão na presidência do Banco Central, já que o mandato de Roberto Campos Neto termina no fim deste ano. A partir de 2025, o governo terá maioria de indicados no BC, e há temores no mercado de que a autoridade monetária seja mais leniente com a inflação, afugentando investidores e alimentando ainda mais a busca por dólares.

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