Finanças
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Por , Valor — São Paulo


O ABC Brasil teve lucro ajustado de R$ 223 milhões no primeiro trimestre, com queda de 3,6% no trimestre e alta de 17,4% em um ano. A margem financeira líquida recuou 1,1% e avançou 10,1% na mesma base de comparação, para R$ 490 milhões. O banco, que tem uma grande exposição ao agronegócio e ao Rio Grande do Sul, afirmou que existem diversos mitigadores e que não espera impactos relevantes em função das chuvas que atingem a região.

A carteira de crédito expandida do ABC caiu 0,9% no trimestre e subiu 5,3% em um ano, para R$ 45,980 bilhões. A inadimplência subiu para 2,9%, de 2,6% e 0,6%, afetada ao longo do último ano pela caso Americanas.

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Segundo Ricardo Moura, diretor de Relações com Investidores, M&A Proprietário e Estratégia do ABC, o cenário macro este ano é mais positivo do que em 2023, quando os mercados de capitais foram afetados pelo evento de crédito [leia-se Americanas] e que a redução da Selic também começa a beneficiar as condições das empresas. “O que a gente espera é uma retomada gradual ao longo do ano, o primeiro trimestre é sempre menos dinâmico.”

Ele aponta que a unidade de banco de investimento teve uma receita de R$ 41,6 milhões, sendo o maior valor para um primeiro trimestre. O volume foi quase três vezes maior que o de igual trimestre de 2023 e 12,3% superior ao do quarto trimestre. “Esse resultado recorde se deve ao aumento do volume de operações de DCM [dívida] no período e ao fechamento de operações de assessoria”, diz.

Moura explica que o agronegócio responde por 22% da carteira do ABC, e que o Rio Grande do Sul é 5% do portfólio geral do banco. No entanto, explica que mesmo dentro do agro há bastante diversificação, com crédito para grãos, proteínas, insumos. E, geograficamente, dentro do Rio Grande do Sul as atividades são bem espalhadas, e não concentradas em uma única região.

“A diversificação sempre foi um pilar do nosso modelo de negócios e mitiga muitos eventos de crédito. A gente deixa muitas oportunidades passarem por causa disso, poderia ter algumas exposições maiores, mas sabemos que a disciplina na concessão é importante. Ainda estamos coletando as informações, trabalhando cliente a cliente. A situação é fluida, mas até o momento não identificamos nenhuma situação relevante de problemas, nada com magnitude de ter impacto relevante no banco”, explica.

Ele lembra que o ABC emitiu recentemente títulos híbridos e que o reinvestimento de proventos distribuídos por alguns acionistas deve elevar ainda mais o capital, que terminou o primeiro trimestre com 16,6% de Basileia.

O Retorno sobre Patrimônio Anualizado (ROAE) do ABC foi de 15,1% no primeiro trimestre, uma expansão de 64 pontos base na comparação anual.

Banco ABC Brasil — Foto: Reprodução/Banco ABC Brasil
Banco ABC Brasil — Foto: Reprodução/Banco ABC Brasil
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