Os principais índices acionários de Nova York avançam nesta terça-feira, impulsionado pelos resultados positivos de companhias americanas e dados mostrando que a atividade econômica melhorou no país. Ao mesmo tempo, os rendimentos dos Treasuries longos mostram alguma estabilização, após a taxa de 10 anos ter atingido, recentemente, o maior nível desde 2007.
Por volta das 13h20 (de Brasília), o índice Dow Jones exibia avanço de 0,50%, a 33.100,42 pontos, o S&P 500 subia 0442%, a 4.235,77 pontos, e o Nasdaq valorizava 0,54%, a 13.089,56 pontos.
Entre as ações, o destaque ficava com os papéis da Verizon, que subiam 8,50% após a companhia divulgar um lucro por ação acima do que o mercado esperava. Além dela, General Electric (+6,32%), 3M (+4,69%) e Spotify (+9,11%) também mostravam ganhos expressivos após seus resultados também superarem as estimativas dos agentes.
Já na renda fixa, o rendimento da T-note de dois anos subia de 5,058% para 5,089%. Na ponta longa, o retorno da T-note de dez anos recuava de 4,849% a 4,839% e o do T-bond de 30 anos recuava de 5,003% para 4,974%.
Por sua vez, o índice DXY, que mede a relação do dólar com uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, tinha alta de 0,64%, a 106,22 pontos.
Além dos balanços, o mercado americano também foi alimentado pelos dados preliminares do índice de gerentes de compras (PMI) composto, que subiu de 50,2 pontos em setembro para 51,0 em outubro. O PMI do setor industrial avançou de 49,8 para 50,0 no mês atual, acima da estimativa de 49,0 de economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", enquanto o PMI do setor de serviços subiu de 50,1 a 50,9 no período citado. A leitura acima de 50 pontos indica expansão da atividade econômica.
Para o economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, Chris Williamson, as esperanças de um pouso suave para a economia dos EUA foram encorajadas pela melhoria da situação observada em outubro. “As expectativas de produção futura também aumentaram, apesar das crescentes preocupações geopolíticas e das tensões políticas internas, atingindo o valor mais elevado em quase um ano e meio”, disse.
Contudo, os números não foram positivos no continente europeu. O PMI da zona do euro indicou uma retração econômica mais intensa. O PMI composto preliminar de outubro caiu de 47,2 em setembro para 46,5. É o menor valor em 35 meses.
Para os analistas do banco holandês ING, uma recessão técnica está se tornando “um risco mais realista, com a vantagem de que a procura mais fraca está a arrefecer as pressões sobre os preços”. “Para o Banco Central Europeu, o PMI de hoje dá um sinal claro de que não é necessário outro aumento nos juros, uma vez que a procura mais fraca supera os custos de produção mais elevados para as empresas em termos de pressões inflacionistas”, diz o ING.