Bitcoin se estabiliza aos US$ 65 mil em meio a feriado nos EUA

Entre os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, ontem foi registrado um saldo líquido negativo de US$ 152,4 milhões. Foi o quarto pregão consecutivo em que as vendas de cotas destes fundos superaram as compras. Novamente, quem puxou o fluxo negativo foi o FBTC, da Fidelity, com US$ 83,1 milhões em saídas. O GBTC, da Grayscale, registrou saques de US$ 62,3 milhões.

Perto das 9h46 (horário de Brasília) o bitcoin tem leve variação positiva de 0,1% em 24 horas, cotado a US$ 65.137 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 4,3% a US$ 3.542, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,49 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta valorização de 0,52% a R$ 356.250, enquanto o ether avança 4,86% a R$ 19.399 de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) sobe 1,3% a US$ 137,92, o BNB (token da Binance Smart Chain) registra ganhos de 3,1% a US$ 596,68 e a avalanche (AVAX) dispara 5,9% a US$ 27,32.

Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o bitcoin foi pressionado pela leitura dúbia de novos dados macroeconômicos dos EUA. “Se de um lado as vendas no varejo tiveram pouco brilho, indicando um desaquecimento no país, do outro, a produção industrial cresceu fortemente”, destaca.

Para Fernandes, a interpretação que prevalece no mercado é a de que a economia americana vai bem e, por isso, o Federal Reserve (Fed) não teria motivos para acelerar o momento de fazer um primeiro corte de juros e afrouxar as condições monetárias. “Esta perspectiva levou a uma venda mais intensa de bitcoins, que varreu mais de US$ 355 milhões em posições alavancadas no mercado de derivativos”, ressalta.