A Petrobras tem que se preocupar em recuperar reservas de petróleo e gás e se preparar para um futuro com demanda menor de combustíveis fósseis, diante da perspectiva de redução de demanda nas próximas décadas, disse nesta quarta-feira (28) o diretor de transição energética e sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim.
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Segundo ele, que participa do Fórum Ibef-Rio - Óleo e Gás para um Futuro Sustentável, no Brasil há perspectiva de declínio das reservas a partir de 2030 e no mundo existem cenários que projetam queda na demanda. Ele citou como exemplo o setor de transportes de passeio deve ter redução de 50% no consumo de combustíveis derivados de petróleo até 2050.
O executivo reiterou o alto potencial de geração renovável do país: só a energia solar teria condições de suprir em dez vezes a atual carga de energia, da ordem de 90 gigawatts (GW) médios. Da mesma forma eólicas terrestres têm potencial de 700 GW adicionais, disse Tolmasquim.
Nesta linha, ressaltou, a Petrobras tem planos de centrar esforços em quatro produtos: energia eólica e solar, gás natural, combustíveis renováveis (diesel e querosene de aviação verdes) e captura e armazenamento de carbono. Além disso, a empresa estuda projetos de hidrogênio verde.
Tolmasquim destacou que a descarbonização da economia vai ser feita por meio da eletrificação, com perspectiva de triplicar a demanda nos próximos dez anos.
“Hoje, há mais oferta de energia do que demanda, mas isso deve ser visto como uma oportunidade”, afirmou ele.
![Coordenador do grupo técnico de Minas e Energia, Mauricio Tolmasquim — Foto: José Cruz/Agência Brasil](https://cdn.statically.io/img/s2-valor.glbimg.com/Ebo4xlcUAb0ZeBJ3CTBcFFyxlvM=/0x0:5184x3456/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2022/W/E/evWITDQVmF99WHx4Bq5w/ccbb-jfcrz-abr-0812222739.jpg)