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Miguel Gutierrez, ex-CEO das Americanas, foi preso nesta sexta-feira (28), em Madrid, na Espanha. O executivo é alvo de investigação por suspeitas de fraudes contábeis na empresa, que levaram a um rombo de R$ 25,3 bilhões.

De acordo com a Polícia Federal, a prisão de Gutierrez foi feita pela Interpol. Ele havia sido adicionado à lista vermelha do órgão policial internacional na quinta-feira (27), após a PF não conseguir cumprir um mandado de prisão preventiva devido ao fato de o executivo estar fora do país.

Gutierrez se mudou para a Espanha há cerca de um ano, e há suspeitas de que ele deixou o Brasil para evitar possíveis punições por conta do suposto esquema fraudulento na varejista.

De acordo com as investigadores, Gutierrez ocupava o posto mais alto da organização criminosa dentro das Americanas, que fraudava os resultados da empresa para benefício próprio. Os investigadores apontam ainda que o ex-CEO participava de todo o processo de fraude.

Procurada, a defesa de Gutierrez afirmou que só vai se manifestar mais tarde. Na quinta-feira (27), o advogado do ex-CEO, Paulo Vieira, negou envolvimento de seu cliente no caso.

O outro alvo da operação é a ex-presidente da B2W Anna Saicali, que também está fora do país e é considerada foragida pela PF e pela Interpol.

Ainda não está definido se ele será enviado ao Brasil ou ficará preso na Espanha, uma vez que o país não extradita seus cidadãos. Segundo o Ministério Público Federal, Gutierrez acompanhava e participava das fraudes no balanço da companhia “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”.