A Embraer vê janela para vender uma média de 40 aviões ao ano até 2030 nos Estados Unidos, diante da aposentadoria de aeronaves de até 76 assentos, categoria que hoje tem sido dominada pelo modelo E-175 da fabricante brasileira. As informações são de Rodrigo Silva e Souza, vice-presidente de marketing da divisão comercial da companhia, durante o Embraer Day, nesta quarta-feira (19).
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“No geral, essa demanda é para substituição, mas vemos também grupos procurando por aumento de frota, como o caso da American Airlines”, disse. A encomenda feita pela aérea americana teria despertado o interesse de diversos outros grupos no país, segundo o executivo.
Souza lembrou que, para além da substituição de modelos E1 antigos (ele foi lançado em 2004) por novos, a empresa quer ocupar espaço na renovação de frotas CRJ 700 e 900 da Bombardier.
“A demanda por substituição deverá vir de forma significativa para a Embraer, dada as cláusulas do mercado dos Estados Unidos”, disse o executivo. Um acordo sindical limita o peso de jatos em operação regional a 39 toneladas — é o motivo, por exemplo, de o E2 não ocupar esse mercado regional nos EUA, uma vez que é um modelo mais pesado do que o E-175.
Ele adiantou ainda que, na Farnborough International Airshow, em meados de julho, a empresa irá apresentar algumas atualizações no modelo E2. Entre os ganhos, vão ser divulgadas melhoras no consumo de combustível e nos custos de manutenção. “Vamos anunciar melhoras no avião, que já é muito eficiente”, disse.
Souza deu ainda uma atualização sobre o plano futuro de novas tecnologias para a empresa com foco em aviões com propulsão híbrida. “A novidade é que estamos pegando esse conceito que antes estudávamos para aeronaves de 19 a 30 assentos e estamos levando para aeronaves de até 50 assentos. Com o aumento de número de assentos, vamos ter um tempo [de desenvolvimento] um pouco mais longo, algo entre 2030 e 2035”, disse.