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Por — Para o Valor, do Douro (Portugal)


Passeio pelas águas do Douro permite avistar as vinhas plantadas em terraços — Foto: Divulgação
Passeio pelas águas do Douro permite avistar as vinhas plantadas em terraços — Foto: Divulgação

Há 20 anos o enoturismo no Douro era residual. De lá para cá a oferta de hotéis, restaurantes e companhias de navegação aumentou de forma expressiva. Hoje, a região Norte de Portugal concentra cerca de 30% dos turistas, boa parte americanos e brasileiros. As provas de vinho e as visitas guiadas são as atividades mais procuradas pelos visitantes e há perspectivas de crescimento nos próximos dez anos.

Uma viagem vinícola pelo Douro pode começar no centro histórico de Gaia, patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. Foi ali, no município que fica em frente à cidade do Porto, na outra margem do rio Douro, que os ingleses montaram as primeiras empresas para exportar o vinho do Porto para a Grã Bretanha. Nas ladeiras ficavam os antigos armazéns e no beira rio há um cais com bares, restaurantes e bom para passear.

Na primavera, os dias muito frios dão lugar a temperaturas mais amenas, o que convida a ficar nas esplanadas e adentrar o Douro. Esta época é ideal, pois as vinhas estão verdejantes e sol brilha em grande parte dos dias. O Douro vinhateiro com sua paisagem única também é um patrimônio mundial. Vale visitar suas quintas históricas, sempre abertas para quem chega, seja para hospedagem, visitas ou degustações.

Por mais que se percorra o Douro sempre há coisas novas para ver e hotéis para descobrir como o Six Senses Douro Valley, que não fica numa quinta, mas tem o enoturismo como razão primordial. Talvez seja um dos hotéis mais bonitos de Portugal com sua mistura de arquitetura tradicional e contemporânea. O hotel butique ocupa um solar do século XIX, perto de Lamego, que foi ampliado.

Para quem está numa viagem dedicada ao vinho, ali não faltam opções. A adega possui cerca de 700 rótulos e os restaurantes seguem a filosofia que fez o Six Senses se tornar conhecido no mundo: um cardápio com 55% de plantas e vegetais, muitos oriundos de uma horta própria. As diárias, com café da manhã por quarto para duas pessoas, começam em 850 euros e podem chegar nas alturas se a opção for uma das casas privativas.

Experiências mais típicas podem acontecer numa visita à Quinta da Casa Amarela, também na margem esquerda do Douro. Propriedade de Laura Regueiro, a quinta tem a hospitalidade típica da região e produz apenas vinhos de padrão médio a superior. Não há vinhos de entrada. Laura organiza degustações, além de almoços e jantares para grupos.

Ela gosta de contar que brasileiros que a visitaram pediram, depois, que viesse ao Brasil para ensinar os segredos de sua feijoada transmontana e do arroz de pato. “Tenho uma cozinheira que está comigo há dez anos e que faz aqui a comida da terra. Tudo aqui é familiar, sem luxos”, diz. A propriedade está nas mãos da família desde fins do século XVIII.

Já para quem quer provar uma cozinha de autor com um toque regional, uma visita ao DOC é obrigatória. O restaurante é uma janela sobre o Douro e no terraço dá para acompanhar o movimento das águas consoante o vento. Quem comanda a cozinha é Rui Paula, chef que tem duas estrelas Michelin em outro restaurante, a Casa de Chá da Boa Nova, que fica em Leça da Palmeira e ocupa um espaço projetado pelo arquiteto português Alvaro Siza Vieira.

Mas não dá para deixar o Douro sem um passeio de barco por suas águas tranquilas para avistar as vinhas plantadas em terraços, uma paisagem única no mundo vinícola, e acompanhar as quintas que se sucedem ao longo do rio. Uma opção é escolher um barco da Anima Durius Douro River Cruises, que sai do Pinhão. Há de vários tipos: de veleiros aos barcos holandeses mais confortáveis, com cadeiras no tombadilho. A empresa oferece água e vinho durante o passeio e as pessoas podem levar comida.

Uma das marinheiras é Bárbara Conceição, que cresceu no Douro. Ela conta que no inverno as pessoas ficam na parte interna aquecida e que no verão param para mergulhar antes de uma taça de vinho branco. “Aqui sempre é bonito e dá para navegar em todas as épocas do ano. Quando faz muito frio temos mantas para os visitantes”.

Uma visão do outro extremo, do alto do vale, se tem na Quinta do Seixo, onde fica a House of Sandeman, espaço especialmente criado para o enoturismo. A visita pode incluir um tour guiado pelas caves de envelhecimento com exibição de vídeo ou se resumir a um “dolce far niente” no bar, que tem terraço com uma vista impressionante. Ali os vinhos são servidos em taça e há não apenas o porto Sandeman, mas todos os rótulos — dos vinhos de mesa, de entrada aos de alta gama, da Casa Ferreirinha, sinônimo de qualidade no Douro.

Durante o evento Vinhos de Portugal, que ocorre em junho no Rio e em São Paulo, será possível ter contato com produtores da região, degustar seus vinhos e participar de provas guiadas por críticos.

No primeiro dia do evento no Rio, em 7 de junho, por exemplo a tarde começa com a prova “Vinhos do Douro, sabores e aromas de um patrimônio”. Em São Paulo, também no primeiro dia (13 de junho) a prova “Uma vida no vinho: Luis Sottomayor, o enólogo do Barca Velha” trata do mais renomado dos vinhos do Douro (veja mais informações na tabela acima).

O Vinhos de Portugal 2024 é uma realização dos jornais “O Globo”, Valor e “Público”, em parceria com a ViniPortugal, com participação do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto; apoio das Comissões de Vinho do Alentejo, Beira Interior, Dão, Lisboa, Península de Setúbal, Tejo, Vinhos Verdes e da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, Turismo de Portugal, Tap Air Portugal e AB Gotland Volvo; água oficial Águas Prata, hotel oficial Fairmont Rio (RJ), local oficial Jockey Club Brasileiro (RJ), rádio oficial CBN e curadoria Out of Paper. A edição de São Paulo conta ainda com a Cidade de São Paulo como cidade anfitriã e SP Negócios como apoio institucional.

*A jornalista viajou a convite do Visit Porto and North of Portugal

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