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Por Adriana Mattos, Valor — São Paulo

Em apresentação do GPA, dono da rede Pão de Açúcar, no “roadshow” ao mercado — antes da oferta primária de ações que ocorre neste mês — o grupo detalha como será o seu novo conselho de administração, e condições da sua dívida após a operação, que pode atingir até R$ 1 bilhão.

Depois da oferta e da venda de ativos já anunciados, a posição de dívida recua de 5,1 vezes para 3,7 vezes a relação de dívida líquida e Ebitda, que mede lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação — uma queda forte, mas ainda acima de patamares mais saudáveis do varejo alimentar.

Aspectos do endividamento são hoje ponto central de preocupação de analistas e investidores.

Renan Bergman, atual membro independente do conselho, será o presidente do colegiado após a oferta, no lugar de Jean Charles Naouri, CEO do grupo francês Casino, segundo o material publicado.

Os franceses devem reduzir consideravelmente sua posição na empresa, de 40,9% para cerca de 27% ou 20%, a depender do tamanho da oferta (que inclui a oferta base mais o lote adicional (“hot issue”), calculou o Valor.

A precificação da oferta ocorre dia 13 e a liquidação no dia 18.

Naouri passa a não ter mais cadeira no colegiado da companhia, após 11 anos na posição. A companhia francesa entrou no grupo brasileiro em 1999, como sócia minoritária, e a mudança no colegiado neste ano, para parte do mercado, pode trazer aprimoramentos na governança interna.

O Casino passa a ter duas cadeiras apenas na empresa, com Philippe Alarcon e Christophe Hidalgo, de um total de nove membros. E um há aumento no número de conselheiros independentes, de 3 para 4.

Serão novos indicados ao colegiado os executivos José Gutierrez (ex-Carrefour), Márcia de Mello (Pag Seguro) e Rachel Maia, todos independentes. O atual CEO, Marcelo Pimentel, continua no conselho.

A companhia ainda voltou a reforçar aos potenciais investidores, no início do “roadshow”, a possibilidade de venda da sede da companhia, que pode levar a nova entrada de recursos no grupo — a empresa continuará locando o espaço. Inicialmente, a rede esperava embolsar R$ 250 milhões pelo edifício, nos Jardins, em São Paulo, diz fonte, mas as propostas iniciais teriam ficado abaixo disso.

Também há a “venda potencial de outros ativos” que estão sob avaliação.

Considerando a dívida bruta do GPA de R$ 5,27 bilhões ao fim de 2023, ao se descontar o caixa, a venda da fatia do GPA no braço digital da Cnova (negócio do comércio eletrônico do Casino) e mais a venda da participação do grupo colombiano de varejo Éxito, a dívida líquida pré-oferta de ações vai para R$ 1,5 bilhão.

Ao se descontar a soma da oferta primária, sem o lote extra, cai para R$ 1 bilhão. Se incluir o “hot issue”, a dívida diminui para R$ 500 milhões.

Atualmente, a relação dívida líquida e Ebitda, que mede lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, está em 5,1 vezes.

Após a venda dos dois ativos e a oferta total, de R$ 1 bilhão, diminuiu para 3,7 vezes. Há o recuo, mas ainda fica acima de indicadores considerados saudáveis ao varejo alimentar pelos analistas em torno de 2 a 2,5 vezes.

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