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O que está a acontecer
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Ucrânia e Rússia trocam corpos de cerca de 300 soldados mortos
A Ucrânia anunciou hoje a recuperação dos corpos de 250 dos seus soldados e a entrega a Moscovo de corpos de 38 soldados russos, numa das maiores trocas deste tipo desde o início da invasão.
A operação incluiu soldados que morreram nos setores de Bakhmut e Avdivka, duas cidades-fortaleza no leste da Ucrânia tomadas pelo Exército russo após meses de intensos combates, bem como nas regiões de Lugansk, Kherson e Zaporijia.
Alguns corpos foram recuperados na cidade de Mariupol, devastada por um cerco russo nos primeiros meses da guerra, em 2022, e em morgues na Rússia, de acordo com as autoridades ucranianas.
"É errado associar o povo russo às políticas do governo", dizem opositores de Putin libertados
Dois ativistas russos que foram libertados na troca de prisioneiros afirmam que “é errado associar o povo russo às políticas do governo”. Andrei Pivovarov acrescenta que a sua tarefa era trabalhar para tornar a Rússia “livre e democrática”, de acordo com a Reuters.
Vladimir Kara-Murza declara que “há muitas pessoas na Rússia que são contra a guerra, que não acreditam na propaganda do Kremlin”. Kara-Murza estava detido desde 2022 e cumpria uma pena de 25 anos de prisão.
Ilya Yashin, ativista russo preso por apoiar a guerra na Ucrânia, afirma que não deu “consentimento para ser enviado para fora da Rússia”.
Trump diz que troca de prisioneiros "foi uma vitória para Putin"
Donald Trump, antigo presidente dos EUA e atual candidato, afirmou que a troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente “foi uma vitória para Putin”.
Numa entrevista à Fox Business, Trump disse que, para além de uma vitória para o presidente russo, a troca foi também uma vitória "para qualquer país que negoceie connosco".
"Não vou criticar porque é bom tê-los em casa, mas [os russos] fizeram um negócio fenomenal e isso cria um precedente muito mau", acrescentou.
Não sabiam quem era Putin. Nem sequer sabiam que eram russas. Uma história diferente de duas crianças filhas de espiões libertados pelo Ocidente
Troca de prisioneiros gera polémica na Polónia e jornalista preso não é libertado
A Polónia defendeu esta sexta-feira a decisão de libertar um prisioneiro espanhol de origem russa numa troca histórica entre a Rússia e países ocidentais, enquanto o destino de um jornalista polaco-bielorrusso detido por Minsk suscita preocupações.
Para facilitar o intercâmbio mais importante desde a Guerra Fria, Varsóvia libertou um jornalista ‘freelance’ espanhol acusado de espionagem a favor de Moscovo, detido na fronteira ucraniana alguns dias depois da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Esta decisão causou polémica, uma vez que a Polónia não obteve a libertação do jornalista Andrzej Poczobut, que se encontra preso na Bielorrússia.
Poczobut, 51 anos, correspondente do grande diário polaco Gazeta Wyborcza e membro ativo da minoria polaca na Bielorrússia, foi condenado em fevereiro de 2023 a oito anos de prisão.
Kremlin admite que assassino condenado na Alemanha é agente dos serviços secretos
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, admite que Vadim Krasikov, um dos prisioneiros libertados pela Alemanha, é agente do Serviço Federal de Segurança Russo (FSB), de acordo com a Pravda, facto que tinha sido negado anteriormente pelo país.
"Krasikov é funcionário do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa. Ele serviu no Grupo Alpha. É interessante que quando serviu no Grupo Alpha, ele serviu junto com vários membros da segurança do presidente”, afirmou Peskov.
O grupo Alpha é uma unidade de elite dos serviços secretos russos, destinada a cumprir missões clandestinas no interior e no exterior do território russo.
Vadim Krasikov, de 58 anos, foi detido e condenado em 2019 a prisão perpétua, depois de ter assassinado Zelimkhan Khangoshvili, um antigo comandante militar que participou na guerra da Chechénia.
Hitman do FSB Vadim Krasikov libertado pela Alemanha já está em Moscovo
O Kremlin anunciou, esta sexta-feira, que Vadim Krasikov, um hitman (assassino contratado), foi libertado pela Alemanha, naquela que foi a maior troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria, avança a Reuters.
Krasikov era funcionário dos serviços secretos russos (FSB) e estava destacado no Grupo Alpha, uma unidade de forças especiais da agência russa.
Vadim Krasikov foi preso por um tribunal alemão depois de ter matado um militante checheno num parque de Berlim em 2019.
Vladimir Putin recebeu-o quando saiu do avião que aterrou em Moscovo, na quinta-feira à noite.
Troca de prisioneiros com EUA e guerra na Ucrânia são “situações diferentes”, diz Kremlin
O porta-vos do Kremlin, Dmitry Peskov, foi questionado sobre se a troca de prisioneiros com o EUA poderia significar que iria haver cedências na guerra da Ucrânia de alguma das partes envolvidas e respondeu que estas são “situações diferentes”, noticia a Reuters.
Moscovo referiu ainda que a ideia de a Rússia estar a deter pessoas para ter um “fundo de troca” é “absurdo”. Peskov considerou ainda que a decisão de Putin de receber os prisioneiros entregues à Rússia à porta do avião foi um sinal de respeito por pessoas que serviram o país.
O Kremlin negou ainda que tenha escolhido os prisioneiros que foram libertados pelos EUA e que toda a operação foi gerida pelos serviços secretos russos (FSB).