Folha de S. Paulo


Caravana pelo Nordeste levar� Lula a 28 cidades em 20 dias

Eduardo Anizelli/Folhapress

Condenado pelo juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva inicia no dia 17 uma caravana pelo Nordeste brasileiro, regi�o que conta com maior apoio popular. O petista percorrer�, de �nibus, 28 munic�pios, passando pelos nove Estados nordestinos.

Pela programa��o, o roteiro ter� largada na Bahia e se encerrar� no Maranh�o, em 7 de setembro, apenas seis dias antes de novo depoimento que prestar� a Moro.

Na manh� desta segunda-feira (31), o ex-presidente se reuniu com dirigentes petistas e da Funda��o Perseu Abramo para planejamento dessa viagem. "� uma caravana que exige muito de cada companheiro. Ser� uma tarefa imensa, quase 22 dias de viagem. � preciso que haja um m�nimo de infraestrutura", afirmou Lula.

Ele ter� os gastos cobertos pelo partido. Na reuni�o, Lula pediu que seja acompanhado por uma equipe pequena nas viagens de �nibus para que possa descansar. Ele justificou a recomenda��o alegando que j� n�o tem o mesmo f�lego do passado.

Lula tamb�m pediu que fique acomodado em pousadas, n�o mais nas casas de colaboradores como ocorrido nas Caravanas da Cidadania, que fazia nos anos 90. Em tom de brincadeira, disse que n�o gostaria mais de ver crian�as desalojadas de suas camas para que seja abrigado nas casas dos militantes.

A ideia, segundo Lula, � que a caravana seja transmitida em tempo real.

Ser�o 3.000 km de viagem. Acompanhado de cerca de dez colaboradores e de l�deres locais, Lula passar� dois dias em cada um dos Estados. A viagem dever� ser batizada de "Caravana da Esperan�a".

� exce��o de Pernambuco, o ex-presidente ser� recebido por governadores aliados nos demais Estados visitados. Ap�s o giro nordestino, Lula quer ainda percorrer ainda a regi�o Sul e os Estados de S�o Paulo e Minas Gerais.

"Est� na hora de a gente ter um reencontro com a sociedade brasileira", disse.

Na reuni�o, Lula afirmou que este � um momento prop�cio para um fortalecimento partid�rio. Ele comparou a rela��o entre partido e eleitores com um casamento desfeito em que marido e mulher n�o encontram um par ideal.

Segundo ele, "nada aconteceu fora do PT, ningu�m surgiu" para substituir o partido.

"A gente recuperou parte do tempo perdido. Porra, eu estava cansado de deitar cansado, levantar cansado, almo�ar cansado. Levar porrada de manh�, de tarde e � noite. E a gente n�o reagia", disse o ex-presidente.

E acrescentou: "Se receber desaforo, tem que dar desaforo tamb�m. Sem essa de bater do lado e virar outro lado. Apanhar � bom quando s�o os outros que apanham".

A orienta��o aconteceu durante a reuni�o organizada pela Funda��o Perseu Abramo, ligada ao PT, para lan�amento do programa "Brasil em Movimento". O documento fixa sete eixos de discuss�o para a elabora��o de um plano de governo. Segundo seus organizadores, a ideia � apresentar uma proposta que v� al�m das elei��es de 2018, um p�s-Lula.


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