O PT decidiu na noite desta segunda-feira (11) n�o apoiar na elei��o para a sucess�o da C�mara nenhum partido ou candidato que tenha votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
A decis�o est� descrita em uma resolu��o aprovada ap�s uma tarde de longos debates na sede do partido em Bras�lia. A reuni�o da bancada petista da C�mara contou com a presen�a tamb�m do presidente da sigla, Rui Falc�o.
Segundo o l�der do partido na Casa, Afonso Florence (BA), o documento destaca a necessidade de a C�mara se reorganizar, com a retomada da credibilidade da presid�ncia. "O Cunha usou o cargo para se blindar e atacar o governo". "Falamos tamb�m do funcionamento das comiss�es, que t�m de ser respeitadas, uma vez que o Cunha levou tudo para o plen�rio, e do respeito �s minorias".
Esses, afirmou o l�der, s�o os par�metros que o PT vai buscar no candidato a ser apoiado pelo partido. Ainda n�o h� acordo sobre um nome. Tamb�m n�o bateram o martelo se o partido ir� fazer uma orienta��o de bancada ou fechar quest�o em torno de um nome.
"O PT nunca cogitou apoiar um partido ou candidato golpista. Foi uma constru��o coletiva da bancada, um encaminhamento na m�dia das posi��es apresentadas."
Segundo Jos� Guimar�es (CE), entre os nomes que podem ter apoio do partido, caso a candidatura seja de fato confirmada, � do ex-ministro da Sa�de Marcelo Castro.
O apoio do PT a Rodrigo Maia (DEM-RJ) vinha sendo ventilado nos bastidores ap�s reuni�o da bancada semana passada com o ex-presidente Lula. Apesar de n�o contar com grande simpatia da bancada, a ideia era viabilizar um nome com chances reais de derrotar Rog�rio Rosso (PSD-DF), colocado como favorito na disputa, ligado ao ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O movimento, contudo, provocou revolta entre boa parte dos deputados, que disseram n�o aceitar votar em um deputado que trabalhou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.