O governo de Minas Gerais enviou � Assembleia Legislativa projeto que reajusta os sal�rios dos servidores p�blicos ativos e inativos em 4,62%, provocando indigna��o no PT, que a partir de janeiro assumir� o comando do Estado.
O vice-l�der do bloco de oposi��o, deputado estadual Rog�rio Correia (PT), disse que essa medida, bem como outras em curso, tenta criar "armadilhas" para o governador eleito, o petista Fernando Pimentel.
A justificativa dele � que, como vai haver mudan�a de governo, a gest�o do governador Alberto Pinto Coelho (PP) –aliado do PSDB em Minas h� 12 anos– deveria deixar que Pimentel assuma e ele apresente a sua proposta de reajuste para os servidores.
� Folha o governo de Minas informou, por meio da sua assessoria, que desde 2011 uma lei estabeleceu o m�s de outubro como data-base dos servidores estaduais. Por esse motivo, o aumento baseado na infla��o foi apresentado, retroativo a outubro.
Apesar disso, segundo Correia, o governo "nunca" apresentou proposta de aumento linear –era sempre diferenciado por categorias. Esse aumento agora contempla tamb�m os funcion�rios comissionados –cerca de 15 mil, de acordo com n�meros de agosto.
Se aprovado o projeto da forma que prop�e o governo, a conta j� ter� que ser paga j� no primeiro m�s de Pimentel como governador. O PT afirma que assumir� com dificuldades de caixa e ter� que planejar seus gastos.
Por isso o projeto lido nesta ter�a-feira (11) no Legislativo cria desgaste pol�tico para o PT, que sempre lutou na Casa, no papel de opositor, pela melhoria salarial dos servidores.
| Joel Silva/Folhapress | ||
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| O governador eleito por Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) |
DESGASTE
� esse desgaste pol�tico que o PSDB e seus aliados tentar�o causar desde j� ao PT, que tirou os tucanos e seus aliados do poder ap�s tr�s mandatos consecutivos, sempre liderados pelo senador A�cio Neves (PSDB) –derrotado na disputa presidencial.
Agora os tucanos, embora n�o assumam ainda publicamente, se preparam para acusar o PT de ter caras diferentes, uma como oposi��o e outra como situa��o.
"Eles podem dizer isso caso o Pimentel chegue em janeiro e n�o tenha uma pol�tica salarial para apresentar", disse o vice-l�der do bloco que tem PT, PMDB e PRB.
O PT ainda acha que tem tempo pela frente, porque diz que o projeto de reajuste n�o pode ser votado em plen�rio sem que os muitos vetos que emperram a pauta da Assembleia sejam resolvidos.
S� com a pauta desobstru�da haver� a vota��o, e o PT e seus aliados, por enquanto, somam apenas 26 dos 77 deputados. A estrat�gia da obstru��o das vota��es seria usada como �ltimo recurso.
Alguns petistas, no entanto, acham que o governo pode estar querendo criar obst�culos agora para tentar negociar outros temas que seja de seu interesse mais adiante.