Folha de S. Paulo


Equipe ter� tropa contra desgaste no Congresso

Reeleita, Dilma Rousseff escalar� um n�cleo pol�tico forte para atuar na linha de frente da rela��o do Pal�cio do Planalto com o Legislativo.

No primeiro mandato, Dilma esvaziou fun��es pol�ticas do Planalto e rompeu pontes com o Congresso. Essa posi��o resultou em diversas crises do governo com os parlamentares, especialmente em vota��es em plen�rio.

Para retomar o di�logo, a aposta de petistas � que Dilma deve ter uma tropa de choque formada por Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Miguel Rossetto como ministros. Os tr�s compuseram a coordena��o da campanha.

A avalia��o de assessores da presidente � de que o governo enfrentar� uma crise pol�tica certa com os desdobramentos da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal.

Tanto o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como o doleiro Alberto Youssef, alvos da investiga��o, apontaram � Justi�a o envolvimento de ministros, autoridades e parlamentares em irregularidades da estatal. Os nomes de Dilma e de Lula surgiram em cita��o do doleiro.

Na bolsa de apostas, Mercadante pode ficar na pasta que ocupa hoje, a Casa Civil.

J� o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agr�rio) est�o cotados para ocupar vagas na chamada "cozinha do Planalto".

Outros auxiliares, como Giles Azevedo (ex-chefe de gabinete), o tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, e Juca Ferreira (ex-ministro da Cultura) devem ser convidados para integrar a Esplanada dos Minist�rios.

A defini��o mais esperada � a do ministro que substituir� Guido Mantega na Fazenda –op��o que pode sinalizar mudan�as na economia.

Dilma tem sido orientada a escolher de forma r�pida, ainda em novembro, um nome com boa interlocu��o com a iniciativa privada para atenuar as resist�ncias do setor.

Um dos cotados � Nelson Barbosa, ex-secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda.

A presidente foi aconselhada por amigos a sinalizar, j� nesta segunda (27), que adotar� medidas para reconquistar a confian�a empresarial.

Deve reconhecer que as contas p�blicas est�o num momento ruim e que ser� necess�rio fazer um ajuste.

A petista confidenciou a interlocutores que "n�o far� nada radical, n�o dar� um cavalo de pau na economia", mas est� decidida a retomar a guerra contra os juros altos.

Ela j� tinha encampado essa bandeira no primeiro mandato, mas acabou perdendo. Tanto que encerrou sua primeira administra��o com juros acima do que recebeu –11% contra 10,75%.

Segundo interlocutores, Dilma far� da redu��o dos juros uma meta, mas sabe, dizem eles, que ter� de ser uma guerra de m�dio prazo.

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NOMES COTADOS PARA O SEGUNDO MANDATO DE DILMA

  • Aloizio Mercadante - Chefe da Casa Civil, ex-ministro da Educa��o e da Ci�ncia e Tecnologia, tornou-se bra�o direito de Dilma

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  • Jaques Wagner - Governador da Bahia pelo PT, ajudou a reeleger seu sucessor no Estado. Deve assumir um minist�rio no novo mandato

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  • Nelson Barbosa - Ex-secret�rio-executivo da Fazenda, � um dos cotados para chefiar a pasta no lugar de Guido Mantega

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  • Ricardo Berzoini - Ministro de Rela��es Institucionais, teve atua��o intensa na campanha e deve continuar na pasta

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  • Thomas Traumann - Ministro da Comunica��o Social, teve papel de destaque na orienta��o de Dilma para os debates na campanha

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  • Giles Azevedo - Auxiliar de longa data de Dilma, foi chefe de gabinete da petista e integrou a coordena��o da campanha

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  • Juca Ferreira - Ex-ministro da Cultura na gest�o Lula e secret�rio de Haddad em SP, coordenou o programa de governo na �rea

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  • Jos� Eduardo Cardozo - Ministro da Justi�a desde o in�cio do governo, deve ficar no cargo para comandar a pol�tica de seguran�a

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  • Miguel Rossetto - Ministro licenciado do Desenvolvimento Agr�rio, foi um dos principais coordenadores da campanha dilmista

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