O peemedebista Marcelo Miranda, 52, foi eleito neste domingo (5) o novo governador do Tocantins. Com 100% das urnas apuradas, somou 51% dos votos.
Sandoval Cardoso (SD), 37, que tentava a reelei��o e tinha o apoio do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), teve 45%.
Ex-presidente da Assembleia, Cardoso havia sido eleito governador em elei��o indireta em maio, ap�s a ren�ncia de Siqueira Campos (PSDB), que deixou o cargo para que o filho pudesse concorrer ao governo, o que acabou n�o ocorrendo.
Miranda, cuja coliga��o � formada ainda pelo PT, PSD e PV, se elegeu com o discurso de que faria um governo mais humano e pr�ximo da popula��o. Apoiado pela senadora Katia Abreu (PMDB), defendeu seu legado quando foi governador.
Lembrou ter investido durante sua gest�o R$ 150 milh�es na constru��o de novas escolas e prometeu discutir com profissionais da sa�de melhorias para a �rea. Tamb�m anunciou que aumentaria o efetivo policial por meio de concurso p�blico.
A madrinha de Miranda, Katia Abreu, foi reeleita para o Senado. Ela teve 41,64% dos votos v�lidos, n�o podendo mais ser alcan�ada pelo advers�rio, Eduardo Gomes (SDD), que est� com 40,77%.
DIFICULDADES NA CAMPANHA
O governador eleito enfrentou dificuldades na campanha, que acabaram n�o se refletindo nas urnas.
No m�s passado, Miranda teve seu nome envolvido na apreens�o de R$ 500 mil em esp�cie com um empres�rio que embarcava em um avi�o em Piracanjuba (GO). A aeronave levava tr�s quilos de santinhos de sua campanha.
O peemedebista negou liga��o com o caso e disse que se tratava de uma arma��o de rivais.
Imagens de uma c�mera de seguran�a de um hotel em Goi�nia, por�m, mostraram que seu irm�o, J�nior Miranda, se encontrou com o empres�rio pego com o dinheiro dias antes da apreens�o. O candidato reafirmou n�o ter liga��o com o caso.
N�o foi a primeira pol�mica em que o pol�tico se envolveu durante a campanha. Ele teve a candidatura contestada pelos advers�rios com base na Lei da Ficha Limpa.
Ex-governador do Tocantins eleito pela primeira vez em 2002, pelo PFL, Miranda foi cassado em 2009, em seu segundo mandato, acusado de abuso de poder pol�tico.
Na �poca, foram questionadas a distribui��o de 80 mil �culos pelo governo e a cria��o de 32.126 cargos comissionados na administra��o no per�odo eleitoral.
Em 2010, ap�s vencer as elei��es para senador, Miranda n�o p�de assumir por causa da Lei da Ficha Limpa.
Neste ano, em julgamento no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o entendimento foi que seu prazo de inelegibilidade terminaria no dia 1� de outubro. Por isso, neste domingo (5), dia das elei��es, ele j� estaria eleg�vel.
Durante a campanha, com intensa troca de acusa��es entre os candidatos, Miranda ainda perdeu o vice, Marcelo Lelis (PV), cuja candidatura foi negada devido a uma condena��o por abuso de poder econ�mico nas elei��es em 2012. Lelis foi substitu�do pela mulher, Cl�udia Lelis (PV).
No m�s passado, o peemedebista ainda teve decretada a indisponibilidade de seus bens pela Justi�a Federal por ser alvo de uma a��o que aponta contrata��o irregular de uma organiza��o para gerir hospitais do Estado quando era governador. O pol�tico nega.
SENADO
Numa disputa apertada, a atual senadora K�tia Abreu (PMDB) conseguiu renovar o mandato. A presidente da CNA (Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil) teve 42% dos votos, ante 41% de Eduardo Gomes (SD).