Farid Ikken, o autor do ataque com um martelo contra um policial em frente � catedral de Notre-Dame, ponto tur�stico de Paris, foi apresentado neste s�bado (10) a um juiz antiterrorista para uma den�ncia formal, anunciou o procurador de Paris, Fran�ois Molins.
Universit�rio e jornalista argelino de 40 anos, "profissionalmente integrado", "nunca havia demonstrado a seus familiares qualquer sinal de radicaliza��o", declarou o procurador durante uma entrevista coletiva.
"Nunca condenado, desconhecido dos servi�os especializados e sem qualquer contato estabelecido, at� agora, com indiv�duos presentes na zona" da S�ria e do Iraque, Farid apresenta "o perfil de um principiante, o que, n�o obstante, os servi�os de luta contra o terrorismo temem tanto quanto os perfis mais aguerridos", ressaltou Molins.
A procuradoria, que abriu um processo judicial principalmente por "tentativa de assassinato contra uma pessoa da autoridade p�blica em rela��o com uma empresa terrorista", solicitou que ele fosse preso preventivamente.
Em seu computador foram encontrados "documentos de propaganda jihadista" e imagens do atentado de Londres e v�deos que "glorificavam" os de Paris e Bruxelas, informou o procurador.
O exame de seu computador e de quatro dispositivos de mem�ria USB permitiram descobrir um "manual de a��o de lobos solit�rios" editado pela fac��o terrorista Estado Isl�mico (EI), acrescentou.
Esses arquivos teriam sido gravados at� "janeiro de 2017".
Em um dos dispositivos tamb�m foram encontradas fotografias de Mohamed Merah, que matou sete pessoas em Toulouse e Montauban, no sul da Fran�a, em 2012.
Molins falou de "um processo de radicaliza��o extremamente r�pido pela internet".
A investiga��o possibilitou estabelecer um perfil "impregnado pela propaganda jihadista".
"Tudo leva a crer que ele agiu sozinho, mas queria compartilhar sua a��o" porque tentou, sem sucesso, postar um v�deo em que jurava lealdade ao Estado Isl�mico via Telegram, segundo Fran�ois Molins.
Diante dos investigadores, Farid Ikken "imediatamente reconheceu os fatos" e descreveu a si mesmo como "um mu�ulmano sunita", cuja pr�tica religiosa "passou a ser mais dura h� cerca de seis meses".
Ouvido pelos investigadores, o seu orientador na universidade de Metz, no leste da Fran�a, descreveu um jovem "fervoroso defensor da democracia ocidental", ressaltando, no entanto, n�o ter tido mais contato com o acusado nos �ltimos meses.
Desde 2015, a Fran�a tem sido alvo de uma s�rie de atentados islamitas que fizeram 239 mortos. Os �ltimos visaram particularmente as for�as de ordem.