A presidente Dilma Rousseff convidou Joaquim Levy para assumir o Minist�rio da Fazenda e Nelson Barbosa para o Minist�rio do Planejamento. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi convidado para permanecer no posto.
Os escolhidos aceitaram os convites para a equipe econ�mica, mas o governo decidiu adiar para a pr�xima semana o an�ncio oficial.
A ida de Levy para a Fazenda teve apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Teve tamb�m o aval do presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, primeira op��o de Dilma para o lugar de Guido Mantega. Trabuco recusou o convite para atender ao pedido do presidente do Conselho de Administra��o do banco, L�zaro Brand�o, que quer que o executivo o suceda.
Com a posterga��o do an�ncio, no entanto, assessores do Pal�cio do Planalto passaram a dizer que a presidente ainda pretende definir a �rea em que cada um atuar�. As escolhas devem ser divulgadas at� quinta-feira (27).
O mercado reagiu bem � antecipa��o do convite a Levy, que foi secret�rio do Tesouro na equipe do ex-ministro Antonio Palocci e hoje � diretor-superintendente da Bradesco Asset Management.
Nelson Barbosa, ex-secret�rio-executivo da Fazenda, atualmente � professor da Funda��o Getulio Vargas.
Durante a semana, Dilma conversou com os tr�s futuros auxiliares separadamente. Ela ouviu cada um sobre os cen�rios econ�micos de 2015 e todos concordaram que deve haver um ajuste fiscal no come�o do ano.
Al�m disso, avaliaram que ser� um bom sinal ao mercado um corte de despesas com seguro desemprego, pens�es por morte e abono salarial, a fim de aumentar a economia feita pelo setor p�blico para pagar juros da d�vida. "Ela teve a sinaliza��o de que haver� unidade na nova equipe", revelou um ministro.
| Fabio Braga/Adriano Vizoni/Folhapress | ||
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| Joaquim Levy ir� assumir Minist�rio da Fazenda e Nelson Barbosa ser� titular do Planejamento |
O governo deve divulgar na pr�xima semana um pacote fiscal para garantir a economia de gastos de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015. Neste ano, o Tesouro deve fechar com deficit prim�rio.
Depois que a composi��o da equipe econ�mica vazou, primeiramente na Folha e depois nos demais jornais e sites, houve rea��o de setores do PT e do governo.
Um dos principais conselheiros de Dilma na montagem do governo, Aloizio Mercadante (Casa Civil) � um dos que manifestam d�vida sobre a nomea��o de Levy, considerado pr�ximo do PSDB e de Arm�nio Fraga, que seria o titular da Fazenda num governo de A�cio Neves (PSDB).
Pessoas pr�ximas a Levy, no entanto, dizem que ele dificilmente deixar� sua posi��o no Bradesco se n�o for para comandar a economia. Da mesma forma, o nome de Tombini � considerado de baixa densidade num momento em que a economia patina e o governo precisa emitir sinais de for�a para o mercado. "Seria transformar o Minist�rio da Fazenda de uma vez em secretaria", opinou um membro do governo.
SURPRESA
Nesta sexta-feira (21), a Bolsa subiu cerca de 5% e o d�lar caiu 2% com a expectativa do an�ncio da nova equipe. No entanto, meia hora antes de o mercado fechar o Planalto afirmou que n�o divulgaria os nomes dos novos ministros.
Dilma quer divulgar o ''pacote completo'' na economia: Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Agricultura e os bancos p�blicos, como Banco do Brasil e BNDES.
Outra vers�o � que o Planalto quis esperar a vota��o do projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Or�ament�rias no Congresso, o que permitir� o descumprimento da meta fiscal.
