Folha de S. Paulo


Leia tradu��o do poema 'Still I Rise', de Maya Angelou

Leia tradu��o do poema 'Still I Rise', da escritora e ativista Maya Angelou, morta nesta quarta (28) em sua casa, na Carolina do Norte, EUA.

Angelou foi dan�arina, cantora, motorista de �nibus, editora de uma revista no Cairo (Egito) e assistente administrativa em Gana, atriz, professora e pesquisadora, entre outras atividades. Ela foi amiga de alguns dos maiores l�deres negros do s�culo 20, como James Baldwin, Martin Luther King Jr. e Malcolm X.

And Still I Rise

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Ainda assim me levanto

Voc� pode me inscrever na hist�ria
Com as mentiras amargas que contar
Voc� pode me arrastar no p�,
Ainda assim, como p�, vou me levantar

Minha eleg�ncia o perturba?
Por que voc� afunda no pesar?
Porque eu caminho como se eu tivesse
Petr�leo jorrando na sala de estar

Assim como a lua ou o sol
Com a certeza das ondas no mar
Como se ergue a esperan�a
Ainda assim, vou me levantar

Voc� queria me ver abatida?
Cabe�a baixa, olhar ca�do,
Ombros curvados como l�grimas,
Com a alma a gritar enfraquecida?

Minha altivez o ofende?
N�o leve isso t�o a mal
S� porque eu rio como se tivesse
Minas de ouro no quintal

Voc� pode me fuzilar com palavras
E me retalhar com seu olhar
Pode me matar com seu �dio
Ainda assim, como ar, vou me levantar

Minha sensualidade o agita
E voc�, surpreso, se admira
Ao me ver dan�ar como se tivesse
Diamantes na altura da virilha?

Das cho�as dessa hist�ria escandalosa
Eu me levanto
De um passado que se ancora doloroso
Eu me levanto
Sou um oceano negro, vasto e irrequieto
Indo e vindo contra as mar�s eu me elevo
Esquecendo noites de terror e medo
Eu me levanto
Numa luz incomumente clara de manh� cedo
Eu me levanto
Trazendo os dons dos meus antepassados
Eu sou o sonho e as esperan�as dos escravos
Eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto

Tradu��o de FRANCESCA ANGIOLILLO


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