Antes mesmo de ser apresentado e vestir a camisa do Corinthians, o volante Paulo Roberto, 30, foi rejeitado por parte dos torcedores.
Reserva de Rithely, do Sport, no Brasileiro do ano passado, o jogador chegou a S�o Paulo desacreditado. Ap�s o an�ncio de sua contrata��o, houve postagem nas redes sociais dizendo que o "projeto S�rie B 2018 estava apenas come�ando".
Apesar da experi�ncia, Paulo Roberto ficou chateado principalmente quando viu sua m�e e sua mulher chorarem. Mas quem pensou que isso iria afetar o seu futebol se enganou.
"O caso at� me ajudou nos primeiros treinos e na Florida Cup. N�o era nem que eu queria mostrar para as pessoas que elas estavam erradas. Eu queria provar para mim que podia vestir essa camisa", disse o volante � Folha.
E ele provou. Neste domingo (7), a titularidade no jogo de volta da final do Campeonato Paulista, diante da Ponte Preta, ser� sua. Ap�s atuar 30 minutos no jogo de ida no lugar de Gabriel, suspenso para a partida decisiva, F�bio Carille o confirmou na vaga.
"J� era um sonho vestir essa camisa, ent�o eu venho realizando alguns sonhos ultimamente. Disputar uma final de Paulista em um clube gigante como esse, com certeza vai ser mais um", projetou.
O Corinthians j� tem uma boa vantagem na decis�o. No primeiro confronto, venceu a Ponte Preta por 3 a 0 e pode at� perder por dois gols de diferen�a que ainda assim garante o seu 28� Paulista.
Embora esteja muito pr�ximo do trof�u, Paulo Roberto recha�ou a ideia do "j� ganhou" e mostrou respeito � equipe de Campinas, pela qual jogou em 2013.
"Vai ser um jogo dif�cil. Logo depois da vit�ria [no Mois�s Lucarelli] a gente falou que n�o tem nada ganho. Demos um grande passo, mas a gente n�o pode abaixar a cabe�a", afirmou.
Nascido em Lavras, no sul de Minas Gerais, o volante associou o sucesso do Corinthians ao estilo mineiro. "Esqueceu as provoca��es e 'comeu pelas beiradas', quietinho".
| Alberto Rocha/Folhapress | ||
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| O volante corintiano Paulo Roberto ganhou uma chance na final do Paulista |
DEPRESS�O
Uma grave les�o em 2012 por pouco n�o encerrou a carreira de Paulo Roberto.
Em treino pelo Atl�tico-PR, clube que defendeu entre 2011 e 2013, saltou para n�o ser atingido por um carrinho e, ao pisar no ch�o, rompeu os ligamentos do tornozelo.
A sua primeira cirurgia teve um erro m�dico e a recupera��o se tornou ainda mais longa. Consequentemente, a depress�o tomou conta de si.
"Fiquei um ano e quatro meses parado. No meio do tratamento, eu largava, ia pra casa, ficava uma semana sem fazer nada, querendo parar de jogar", lembra.
Em um segundo procedimento, foi retirada uma parte da cartilagem do joelho e colocada no tornozelo. Retornou aos campos e hoje v� um lado positivo na les�o.
"Se eu n�o tivesse essa cirurgia talvez eu n�o estaria no Corinthians. Eu poderia nem estar jogando bola. Eu era totalmente diferente. N�o era de ir para a noitada, mas n�o tinha uma vida de atleta profissional", afirmou.
Companheiro de Paulinho nas categorias de base no extinto P�o de A��car, ele tenta se espelhar no volante da sele��o para sair do anonimato e se tornar �dolo corintiano.