Folha de S. Paulo


6,7% dos nascimentos no Brasil n�o s�o registrados, diz IBGE

O Brasil convivia com 6,7% das 2,8 milh�es de crian�as nascidas em 2012 "invis�veis" perante a lei. � que esse percentual corresponde aos 187 mil nascimentos que n�o foram registradas em cart�rios do pa�s no intervalo de um ano. Os dados s�o das Estat�sticas do Registro Civil, pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira.

A boa not�cia � que a cada ano cai o sub-registro de crian�as, embora as mantenham-se diferen�as regionais marcantes. Esse �ndice era de 8,7% em 2011 e de 20,3% em 2002. � considerado como sub-registro o nascimento n�o legalizado em cart�rio no intervalo de um ano.

O recuo da falta de identifica��o das crian�as � fruto, segundo o IBGE, de um pol�tica de est�mulo ao registro. Um dos passos mais importantes foi torn�-lo gratu�to em todos os cart�rios do pa�s na d�cada passada.

Ainda que a tend�ncia de queda se replique em todos os Estados, h� uma diferen�a regional muito grande. Em S�o Paulo, o registro fora do prazo (ap�s o ano do nascimento) correspondia a apenas 1,2% das crian�as nascidas em 2012. Esse percentual chegava a 2,7,2% no Par�. Em geral, as taxas mais elevada de sub-registro est�o no Norte e no Nordeste.

O Maranh�o, por�m, � um exemplo claro da redu��o que houve na �ltima d�cada. O percentual no Estado caiu de 67,4% em 2002 para 15,4% em 2012.

Editoria de Arte/Folhapress

MORTES VIOLENTAS

A pesquisa do IBGE traz ainda dados sobre �bitos e um dos destaques s�o as mortes por causas externas ou violentas, que, no Brasil, representam o terceiro maior grupo de causa de �bitos na popula��o em geral. Entre os jovens de 15 a 24 anos, � o primeiro, sobretudo para homens.

Em 2012, o percentual atingiu 10,2%, acima dos 9,6% de 2011. Segundo o IBGE, a mortalidade masculina entre os jovens � mais de quatro vezes a feminina. Em 2012, a mortalidade masculina se manteve maior em alguns grupos et�rios, principalmente os de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, nos quais a propor��o de �bitos masculinos em rela��o aos femininos superou 4 para 1, especialmente devido �s mortes violentas ou acidentais.

Sergipe (80,7%), Bahia (78,3%) e Alagoas (77,7%) t�m as propor��es mais altas de mortes violentas entre jovens de 15 a 24 anos de idade do sexo masculino, mas a maior parte dos estados brasileiros tamb�m mostra percentuais elevados.


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