Folha de S. Paulo


De quem � a culpa?

Na vida em condom�nio, a palavra "vazamento" � sin�nimo de obra, quebradeira, sujeira, interdi��o de banheiro, custos n�o programados e, por vezes, de desentendimentos entre vizinhos. Apesar da evolu��o das t�cnicas construtivas, esse problema ainda assola todo e qualquer tipo de edifica��o.

Na esmagadora maioria dos casos, o vazamento surge da falta de manuten��o preventiva, dos h�bitos errados dos pr�prios moradores e de falhas na execu��o do projeto. � incr�vel o n�vel de estresse que um vazamento gera entre vizinhos e o desafio est� em descobrir a origem do problema e quem pagar� a conta.

Quando o assunto � encanamento com defeito, a solu��o r�pida � a melhor forma de minimizar preju�zos mas, geralmente, a pregui�a e a m� vontade dos envolvidos acaba por gerar discuss�es intermin�veis.

Em muitos casos, um simples encanador pode identificar a causa do vazamento e a melhor forma de solu��o, mas o zelador do pr�dio tamb�m pode ajudar. Em casos mais graves, faz-se necess�ria a contrata��o de um engenheiro e as empresas "ca�adoras de vazamentos" s�o op��es para identificar a causa sem tantas quebradeiras.

Apesar da solu��o para cada vazamento depender de uma an�lise t�cnica, existe uma regrinha simples e b�sica, infal�vel na hora de definir responsabilidades. Os edif�cios possuem duas redes de encanamento, a horizontal e a vertical, esta tamb�m chamada de coluna principal.

A rede horizontal comporta os canos que servem aos apartamentos, recebendo �gua da rede vertical e conduzindo esgoto para a mesma. A rede vertical � de uso comum e conduz �gua e esgoto por todos os andares. Assim, reparos por conta de vazamentos na rede vertical s�o de responsabilidade do condom�nio, j� os consertos por conta de vazamentos da rede horizontal s�o de responsabilidade do morador, geralmente o da unidade de cima.

Como os casos mais frequentes de vazamentos ocorrem entre os apartamentos, ou seja, na rede horizontal, os vizinhos devem buscar di�logo e entendimento, de forma a evitar lit�gios que se arrastem por anos no Judici�rio e possam acarretar indeniza��es em quantias bem maiores que o custo do conserto.


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