Diante da falta de recursos, que levou o governo Dilma a enviar ao Congresso um Or�amento com deficit em 2016, o Pal�cio do Planalto decidiu congelar a oferta de novas bolsas do programa Ci�ncia sem Fronteiras no pr�ximo ano.
Segundo a Folha apurou, o or�amento definido pela equipe econ�mica para o programa no pr�ximo ano, no total de R$ 2,1 bilh�es, � suficiente apenas para a manuten��o de estudantes que j� est�o no exterior.
A Capes (Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior) informou que os recursos previstos ser�o utilizados para "custear 13.330 bolsas entre gradua��o e p�s-gradua��o" em 2016 sob a sua responsabilidade.
CORTES SEM FRONTEIRAS - Evolu��o das bolsas concedidas
O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico), outra ag�ncia federal de fomento � pesquisa, ter� recursos para outros 22.610 benef�cios.
Ao todo, no segundo semestre deste ano, ambas v�o enviar 14.050 bolsistas de gradua��o, principal p�blico do programa, respondendo por 79,5% das bolsas concedidas. Esse grupo foi selecionado a partir de editais divulgados no ano passado.
Assessores da presidente Dilma Rousseff afirmam que o governo chegou a cogitar uma redu��o ainda mais dr�stica no programa, mas a ideia foi descartada diante do efeito negativo que a medida poderia provocar.
C�MBIO
Em compara��o ao or�amento deste ano (R$ 3,5 bilh�es), os recursos do Ci�ncia sem Fronteiras em 2016 ter�o corte de 40,3%. Um percentual acima disso implicaria na interrup��o dos estudos de quem j� foi selecionado e embarcou para uma universidade no exterior.
Lan�ado em julho de 2011, o programa se tornou uma das principais bandeiras da presidente Dilma na educa��o. Ap�s abertura de 101 mil vagas at� o ano passado, o compromisso para o segundo mandato foi criar mais 100 mil bolsas.
O pre�o do d�lar, no entanto, elevou os custos do Ci�ncia sem Fronteiras, que tem desembolsos n�o apenas com pagamento de benef�cios para os alunos como para as institui��es de ensino superior que acolhem os brasileiros.
Se em julho de 2011 o d�lar era cotado a R$ 1,55, neste m�s o c�mbio est� pr�ximo de R$ 3,70. At� o momento, n�o h� data definida para o lan�amento de novos editais de sele��o, neste ano, de bolsistas para gradua��o. No ano passado, o processo seletivo come�ou j� em agosto.
A expectativa agora � que, caso o governo libere verba adicional para o programa no ano que vem, o foco priorit�rio sejam estudantes da p�s-gradua��o. Questionado sobre esse tema, a Capes n�o respondeu.
A ag�ncia informou que "todos os programa do MEC est�o mantidos" em 2016. "O minist�rio est� realizando uma an�lise detalhada do or�amento para dimensionar os programas para o pr�ximo ano", disse em nota.