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Novamente finalista, Paolini destaca pioneiras italianas

Foto: Simon Bruty/AELTC

Londres (Inglaterra) – Finalista de um Grand Slam pela segunda vez na temporada, Jasmine Paolini já está fazendo história para o tênis italiano ao se tornar a primeira mulher do país na decisão de Wimbledon. E no momento em que vive a melhor fase da carreira, tendo alcançado também a final de Roland Garros, a jogadora de 28 anos divide o mérito com a geração anterior e se inspira nos feitos de Francesca Schiavone, Flavia Pennetta, Roberta Vinci e Sara Errani, que também chegaram longe nos Slam na década passada.

Schiavone foi quem puxou a fila com o título de Roland Garros em 2010 e o vice no ano seguinte. Logo depois, em 2012, Errani também foi finalista em Paris. E hoje ela é parceira de duplas de Paolini e também acompanha a equipe da número 7 do mundo. Houve ainda uma surpreendente final italiana no US Open de 2015, com vitória de Pennetta sobre Vinci em Nova York.

“Lembro-me das finais do Grand Slam que eles fizeram. Acho que é muito importante para a próxima geração ter pessoas que conquistem grandes coisas. Elas podem mostrar que é possível”, disse Paolini na coletiva de imprensa desta quinta-feira em Londres. “Eles me inspiram muito. Mas não quero comparar muito porque estou escrevendo minha própria história, minha própria carreira”.

Cada vez mais habituada aos grandes palcos, a italiana celebra o momento de protagonismo, depois de muitos anos batalhando nos torneios menores. “Duas finais de Grand Slam consecutivas ainda é uma loucura de acreditar”, afirmou a tenista, que entrará no top 5 após o torneio.

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“Estou tentando viver o presente, aproveitar o que estou fazendo e não esquecer de onde estou. É uma posição realmente privilegiada e tenho que manter isso em foco”, afirmou. “Estou gostando muito de jogar nos grandes estádios. Adoro jogar neste tipo de quadra. Parece mais especial. Sou muito grata à torcida, que está me apoiando no torneio. É uma sensação ótima para um jogador de tênis”.

Virada sobre Vekic e semifinal mais longa

A semifinal desta quinta-feira contra Donna Vekic foi a mais longa da história do torneio feminino em Wimbledon, com 2h51. Depois de perder o primeiro set, em que não conseguiu ameaçar o saque da croata, Paolini reagiu na partida e venceu por 2/6, 6/4 e 7/6 (10-8).

“Hoje foi muito, muito difícil. Tive muita dificuldade no início porque ela estava sacando muito bem. Ela estava me fazendo correr todas as bolas. Eu só estava tentando repetir para mim mesma para continuar próxima no placar e acreditar que a partida poderia virar a qualquer hora. Ganhei o segundo set e depois ganhei o terceiro. Foi uma partida muito difícil, mental e fisicamente também”.

Duelo com Krejcikova na final de sábado

A adversária de Paolini na final do próximo sábado às 10h (de Brasília) será a tcheca Barbora Krejcikova, ex-número 2 do mundo e atual 32ª do ranking, que derrotou a cazaque Elena Rybakina, quarta colocada e campeã em 2022, por 3/6, 6/3 e 6/4. Krejcikova venceu o único duelo anterior entre elas, no quali do Australian Open de 2018. A tcheca já tem um título de Grand Slam, Roland Garros em 2021.

“Será uma final de Wimbledon, então é uma partida diferente. O objetivo é sempre o mesmo: tentar sacar bem, o que eu não consegui fazer hoje, e controlar os pontos. Na grama, é difícil defender. Então o objetivo no sábado será esse, em termos de jogo e de tática. Além disso, às vezes tento dizer para mim mesma: ‘Aproveite, mas mantenha o foco e pense no que você precisa fazer’ para entrar na quadra e dar 100 por cento do que eu tenho”.

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