O termo autismo surgiu na literatura cient�fica em 1911, quando Eugene Bleuler usou tal express�o
para designar um quadro espec�fico de dificuldade de comunica��o em pacientes com esquizofrenia
(ASSUMP��O JR.; KUCZYNSKI, 2018). No entanto, foi apenas em 1943 que o autismo come�ou a
ser reconhecido com um tipo espec�fico de transtorno, ap�s a publica��o do artigo “Autistic
Disturbances of Affective Contact” escrito pelo m�dico Leo Kanner (DONVAN; ZUCKER, 2016).
Apesar de evid�ncias indicarem uma forte correla��o com fatores gen�ticos, durante quase 100 anos
de pesquisas sobre o autismo, ainda n�o houve a identifica��o de sua causa (LACERDA, 2017),
motivo pelo qual o autismo � catalogado como sendo um “transtorno”. Atualmente, o autismo �
denominado pela Associa��o Americana de Psiquiatria como Transtorno do Espectro Autista (TEA)
(APA, 2014). Os crit�rios para o diagn�stico do TEA est�o agrupados em dois eixos: a) d�ficits no
processo da comunica��o social (verbal e n�o verbal) e b) comportamentos repetitivos e interesses
restritivos (APA, 2014).
Face ao exposto, esta pesquisa investigou a produ��o cient�fica existente sobre o processo de
envelhecimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Visando contribuir para produ��o de
saberes que objetivam a garantia de que a popula��o com TEA tenha direito ao envelhecimento
bem-sucedido (NERI, 1995). Tal investiga��o, ainda que explorat�ria, contribui para a sistematiza��o
do conhecimento sobre o tema, colaborando para a reflex�o te�rica sobre assist�ncia de pessoas
adultas e idosas com TEA em diferentes espa�os sociais (sa�de, educa��o, assist�ncia social etc.).