Viih Tube relata descolamento de placenta durante gravidez; entenda o que a influencer tem

"Eu comecei a pensar que estava com medo de ir ver se era sangue. Fui ao banheiro, passei o papel e vi que era sangue. E era muito sangue. E aí eu vivi uma das piores sensações que eu já vivi na minha vida. Fico pensando nas mães que passam por isso e deve ser muito difícil. Foi muito difícil passar por aquilo. Eu lembro que minha mão tremia e pensava: 'Não é possível'", relatou.

Casada com Eliezer -- com quem já tem Lua Di Felice, de um ano -- e à espera de um menino, Viih contou que correu para a maternidade onde teve a primogênita e, chegando lá, fez um ultrassom e confirmou que o bebê estava saudável e não corria nenhum risco.

"Na hora que eu vi o coração pulsar, eu desabei, chorei muito. E aí, deu um alívio em mim, no Eli, em todo mundo. O bebê está bem, perfeito, saudável, e descobrimos que tive um descolamento de placenta", disse, explicando que o descolamento foi de grau leve.

"O descolamento de placenta, dependendo do grau, se torna uma gravidez até de risco, mas, comigo, foi um descolamento muito pequeno. Meu médico me explicou que tem mães que, às vezes, não fazem nada e descolam a placenta inteira, a metade, então, vou me frustrar tentando descobrir o que eu fiz. Meu descolamento foi só na beiradinha, mas, se eu me estressar, pode aumentar o descolamento e se tornar uma gravidez mais difícil. Então, estou de repouso. Repouso total por 15 dias e não posso fazer algumas coisas", esclareceu.

Segundo especialistas da Maternidade Rede D'Or, a placenta é responsável por nutrir e oxigenar o bebê durante a gestação. Com o descolamento prematuro da placenta, que se desprende da parede uterina antes do parto, há a interrupção do fluxo sanguíneo para o feto, colocando em risco sua saúde e seu desenvolvimento e podendo inclusive levar a um aborto.

Para a mãe, os riscos também são consideráveis. Sangramento intenso, anemia, choque hipovolêmico e complicações em gestações futuras são algumas das graves consequências que podem surgir. O descolamento prematuro da placenta é mais frequente no terceiro trimestre de gestação, após 28 semanas, mas pode ocorrer também no quinto mês, ou a partir da 20ª semana de gravidez.

Os sintomas do descolamento precoce de placenta podem variar, mas incluem: dor abdominal intensa e contínua; sangramento vaginal excessivo; e contrações uterinas dolorosas e rápidas. No entanto, em alguns casos, o descolamento de placenta pode ocorrer sem sintomas evidentes, tornando difícil o diagnóstico precoce.

Entre os fatores de risco, o principal deles é a hipertensão arterial, mas pode ser recorrente de trauma abdominal, tabagismo, idade materna avançada e histórico prévio de descolamento de placenta. Caso uma gestante apresente sintomas, é necessário buscar atendimento médico imediatamente.

O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento imediato do descolamento de placenta. Para evitar que esse problema ocorra, as gestantes devem adotar um estilo de vida saudável, o que inclui evitar o tabagismo e o consumo de drogas ilícitas, manter a pressão arterial sob controle e realizar exames pré-natais regulares para detectar precocemente quaisquer complicações que possam surgir durante a gravidez.

Os médicos recomendam que as gestantes façam o controle rigoroso da pressão arterial. E que sigam as orientações médicas para contribuir para o sucesso do tratamento em caso de pré-eclâmpsia. Elas também devem evitar fumar durante a gravidez.

As grávidas a partir dos 35 anos devem acompanhar a gestação de forma especial, já que aumenta o risco do descolamento prematuro. Quem tem histórico de deslocamento da placenta em gestações anteriores deve informar ao médico obstetra responsável pelo pré-natal.

Visitas regulares ao médico obstetra do pré-natal permitem o monitoramento da saúde da mãe e do bebê e a identificação precoce de problemas.

Fonte: Maternidade Rede D'Or