Empresa responsável pela carreira de Alexandre Pires se manifesta sobre suposto esquema em garimpo ilegal

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"A Opus Entretenimento, presente há 47 anos no mercado de eventos, fomentando há décadas a cultura e o entretenimento no país, vem a público informar que desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa", afirmou.

"Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus, responsável pela gestão de sua carreira, manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos. A Opus mantém o seu compromisso de promover a cultura e levar o entretenimento ao público brasileiro", completou o comunicado.

Mais cedo, Fernando Pires, o irmão de Alexandre, publicou uma reflexão bastante sugestiva em seu Instagram. Diante do problema judicial enfrentado pelo cantor, ele falou sobre julgamentos alheios.

"A pessoa vê a capa e acha que leu o livro. Cuidado, pois o julgamento preconceituoso pode lhe privar da verdade", dizia a postagem.

Nessa segunda (4), o artista foi alvo de um mandado de busca e apreensão, decorrente de uma investigação da Polícia Federal para desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal que explora aTerra Indígena Ianomâmi.

De acordo com o inquérito, Alexandre teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. O inquérito do processo, ao qual o jornal O Globo teve acesso, aponta que o esquema contaria ainda com um empresário do ramo musical de expressão nacional, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes.

A operação chamada de 'Disco de Ouro' é um desdobramento de uma ação da PF deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Ianomâmi, que se encontravam depositadas na sede de uma empresa investigada, estariam sendo preparadas para uma remessa ao exterior.