Letícia Sabatella se justifica após usar termo relacionado ao nazismo para denominar seu grau dentro do espectro autista

Atualmente, embora algumas pessoas ainda utilizem o sobrenome do médico Hans Asperger — responsável por descobrir a condição psiquiátrica — para dar nome à doença, o termo foi banido dentro da medicina após a descoberta de que o austríaco cooperou com o regime nazista, enviando crianças com deficiência à morte. Sendo assim, o nome atual para a condição é Autismo Leve Funcional.

Tendo em vista a repercussão de sua entrevista, Sabatella disse que não compactua com nada que tenha ligação ao nazismo, mas não deu detalhes de que tenha sido criticada por isso.

"Ei, gente! Eu não sou nem perto de ser nazista, está beleza? Um termo pode ser questionado, sim. Asperger ou Autismo Leve Funcional. Só optar pelo que a medicina identificar o melhor. Tô de boas!", escreveu.

"Eu me expressei de forma incompleta sobre o meu diagnóstico de TEA. Vou gravar um vídeo explicando o que eu, também, estou reconhecendo e aprendendo a nomear. Obrigada por todo o carinho e compreensão", completou.

Durante o bate-papo no podcast, a artista afirmou que recebeu o diagnóstico recentemente, após investigação de uma psiquiatra e neurologista.

"Ainda é um pouco antecipação eu falar, porque ainda não estudei o suficiente para falar sobre isso, mas já sei que é, descobri com investigação de uma psiquiatra e neurologista que é muito séria, que estou dentro do transtorno do espectro autista, num grau leve, que é chamado de Asperger, que é ativa e passiva nesse tempo", declarou Sabatella.

A atriz diz acreditar que sua escolha pela atuação foi um mecanismo para esconder os sintomas, que nem ela sabia que existiam. "O fato de eu escolher o teatro, escolher a arte, foi meu mecanismo de aprender a, de algum modo, superar ou acomodar essa realidade, esse modo de ver as coisas, que traz muita hipersensibilidade, uma ingenuidade", completou.

Letícia Sabatella destacou também que algumas características da sua personalidade chamavam a atenção das pessoas ao redor. "O Dennis Carvalho [diretor de novelas] sempre falou assim: 'Leticia é um ET, ela chega aqui, abre um zíper e sai'. [Mas talvez isso seja sobre] essa necessidade de ficar reclusa, de ficar no mundinho, né?", destacou.

O termo "graus de autismo" é uma maneira que os profissionais encontraram de simplificar na hora de explicar às famílias sobre a condição, no entanto, o correto é dizer que pessoas no espectro do autismo apresentam diferentes níveis de suporte. São eles: leve, moderado e severo.