Letticia Munniz, de 34 anos de idade, disse que o paparazzo JC Pereira se redimiu com ela após os flagras na Praia de Ipanema, no fim de semana. No começo deste mês, a modelo e apresentadora viralizou após reclamar, de forma bem-humorada, de ter sido clicada dando uma volta no quarteirão com seus cachorros com roupa "surrada".
"Obrigada, JC, pelas fotos lindíssimas! Você se esconde bem, hein? Desta vez eu tô gata. Amei! Obrigada por me ajudar a mostrar como é um corpo de verdade e feliz por aí", escreveu ela em seu Instagram, nesta segunda-feira (17), ganhando elogios de fãs e de famosos.
A modelo aproveitou para falar sobre sua luta pelo mercado plus size, pelo trabalho como influencer de bem-estar, estilo e autoestima. "Hoje abri meu e-mail e tinha essa matéria com minhas fotos na praia, e a primeira coisa que eu pensei foi 'meu Deus, que linda! Que gostosa!”, começou.
Letticia disse que nem sempre amou seu próprio corpo. "Foi difícil chegar até aqui, reaprender sobre beleza e sobre a pluralidade dela. Por 18 anos foi 'Que nojo! Eu te odeio. Se você se esforçasse mais não seria gorda assim. Se você tivesse vergonha na cara conseguiria ficar mais tempo sem comer e seria magra'", relembrou.
A modelo também falou sobre os hates que recebe. "Sempre que tiram fotos 'naturais' minhas e postam em sites ou Instagrams, vêm aquela enxurrada de críticas sobre meu corpo. e o pior de tudo é que a maioria delas são feitas por mulheres, as maiores vítimas desse padrão de beleza irreal que leva todos os dias tantas de nós a fazermos coisas horríveis em busca da perfeição, e até mesmo a morte em cima de mesas de cirurgia em busca de um corpo que realmente só existe em cima delas", lamentou.
"Este meu corpo fora do padrão que tanto abominam se aproxima muito mais do corpo da maioria das mulheres brasileiras do que o padrão europeu de magreza que há tantos anos tentam nos enfiar goela abaixo, e que tantas de nós passamos uma vida inteira infeliz tentando alcançar, assim como eu passei 18 anos atrás dele", complementou.
A modelo destacou a contribuição da indústria da moda para que os padrões sejam reforçados. "O GG da loja que segue o padrão europeu, e apesar de se chamar extra grande e mal vestir uma pessoa magra, não representa a maioria de nós. E eu não sei você, mas eu cansei de lutar pra caber nele. Cmo diz Naomi Wolf no Mito da Beleza, 'uma cultura fixada na magreza feminina não tem uma obsessão pela beleza, mas uma obsessão pela obediência feminina'", citou.