Anderson do Molejo revelou bissexualidade em caso que parou na justiça; relembre

Antes de enfrentar um longo tratamento contra o câncer inguinal, diagnosticado em 2022, Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo que morreu nesta sexta-feira (26), ficou sob os holofotes com um caso que parou na Justiça. Em meados de fevereiro de 2021, um influencer chamado MC Maylon acusou o artista de estupro.

Na época, Maylon disse à polícia ter sido estuprado pelo vocalista antes de ir à 33ª Delegacia de Polícia (Realengo) para levar as provas que diz ter do abuso. Anderson negou as acusações, porém admitiu ter feito sexo consensual. O influencer, posteriormente, também assumiu que as relações foram em comum acordo. O cantor, que foi casado com Layse Sapucahy, era recém-divorciado de Paula Cardoso e pai de quatro filhos.

MC Maylon, que tinha uma tatuagem no antebraço com o rosto de Anderson, disse que foi levado pelo vocalista do Molejo a um hotel no dia 10 de dezembro do ano passado contra a sua vontade. Ele teria sido atraído ao local para uma reunião, uma vez que o vocalista do Molejo era seu empresário. "Está muito doloroso mesmo, não esperava ele ter feito isso, era um homem que eu chamava de pai, tatuei o rosto dele no meu braço. E ele fez esse ato de vandalismo", lamentou o rapaz na época, acrescentando inclusive que tentou cometer suicídio por conta da situação.

Os dois se conheciam há cinco meses na época do ocorrido. "Ia na resenha do futebol dele em Jacarepaguá. Comecei a frequentar e um amigo meu, que tem idade, me apresentou ao Anderson e falou: 'dá uma chance para ele, ele é cantor'. Ele então virou o meu padrinho no mundo artístico, disse para mim que 'só faltava um tapa no bumbum'. Fui pegando confiança nele e ele em mim, a gente era muito amigo".

O cantor -- dono de hits famosos como Brincadeira de Criança, Dança da Vassoura, Cilada e Paparico -- falou abertamente em live com o jornalista Betoh Cascardo sobre as acusações que recebeu de que teria estuprado MC Maylon, admitindo o sexo consensual e negando o crime.

"Comi? Comi. Estuprei? Não. Comi, com consenso. O veado (sic) estava colocando cada roupa colorida, aquele 'bagão' (sic) na frente, grande para c******, e com o maior bundão. Eu falei: 'Compadre, vou botar no c* dele logo para acabar com essa p****. Botei no c* dele. Pensei que estava até apaixonado pelo c* dele. Mas depois que comi o c* dele, com consentimento, normal". Neste momento o cantor para o depoimento e afirma que não está tentando se prejudicar ou criar provas contra si próprio, que apenas está relatando fatos. E continuou. "Eu não preciso estuprar ninguém, não. Não preciso", disse.

Os dois passaram por acareação após as acusações. O delegado Rodrigo Lopes confrontou os dois a respeito da relação sexual que eles tiveram em um motel de Sulacap para saber se a ela aconteceu de forma consensual ou forçada.

Anderson prestou depoimento sobre o caso na 33ª DP e confirmou que teve relação sexual com MC Maylon, mas de forma consensual. O MC alegou, contudo, que o ato foi forçado. "Aconteceu tudo consensual, foi tudo permitido. Essa acusação de estupro eu nego. A galera vai ver que é verdade que aconteceu, sim, uma coisa entre eu e ele, mas tudo permitido", disse ele em entrevista ao RJTV ao deixar a 33ª DP na ocasião.

A polícia civil do Rio de Janeiro confirmou posteriormente à Quem, por meio de nota de sua assessoria de comunicação, que encontrou sangue e esperma nas roupas de Maylon.

Em abril, MC Maylon admitiu que teve sexo consensual com o cantor antes do suposto estupro que ele afirmou à polícia ter sofrido. "Preciso falar a verdade. Quero esclarecer para as pessoas saberem. Eu era caso do Anderson do Molejo. Tive um relacionamento com ele por 8 meses, de muito amor. Tínhamos relações sexuais antes de acontecer o estupro, só que eu era o ativo da relação", afirmou.

Com o fechamento do caso, Anderson pediu indenização à justiça contra o influencer, alegando que a repercussão causou-lhe prejuízos, com um contrato que chegou a ser rescindido, em decorrência das alegações de Maylon.

O processo foi indeferido, pois a Justiça entendeu que o sexo havia acontecido entre as partes. Anderson perdeu o processo e teve que pagar R$ 10 mil em honorários advocatícios.