Anouk Aimée, atriz de 'La Dolce Vita' e 'Um Homem, Uma Mulher', morre aos 92 anos

Estrela morreu em casa, em Paris, na França, ao lado da filha, a atriz Manuela Papatakis

Por


Anouk Aimée Getty Images

Anouk Aimée, lendária atriz indicada ao Oscar por sua atuação em Um Homem, Uma Mulher, morreu aos 92 anos em sua casa, em Paris, na França. A informação foi confirmada por sua filha, Manuela Papatakis, que anunciou a passagem em seu Instagram.

"Com minha filha, Galaad, e minha neta, Mila, estamos imensamente tristes em anunciar o falecimento de minha mãe, Anouk Aimée. Eu estava ao lado de sua cama quando ela faleceu esta manhã em sua casa em Paris. Com amor infinito".

Aimée apareceu em mais de 70 filmes. Alguns de seus papéis mais icônicos foram em La Dolce Vita e , de Federico Fellini, e Um Homem, Uma Mulher, de Claude Lelouch, pelo qual foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Aimée nasceu Nicole Françoise Florence Dreyfus em Paris em 1932. Sua mãe era católica e seu pai era judeu, e embora tenha sido criada na antiga religião, ela se converteu ao judaísmo quando adulta. Em sua juventude, ela estudou dança, e por um tempo durante a Segunda Guerra Mundial, ela frequentou um internato inglês.

A estreia de Aimée no cinema aconteceu quando ela tinha 14 anos no filme The House Under the Sea. Ela foi descoberta andando na rua com sua mãe, abordadas pelo diretor Henri Calef. A atrizz relembrou o caso em meados de 2002, em entrevista para o Los Angeles Times: “Ele disse: 'Você gostaria de fazer um filme?'”, relembrou. O nome de sua personagem era Anouk, e ela adotou esse nome, mas sem sobrenome.

Em 1949, ela apareceu em Os Amantes de Verona, e o roteirista Jacques Prévert sugeriu que ela usasse o sobrenome Aimée, que significa amada em francês. “Ele disse que quando fizesse 40 anos, não poderia ser chamada de Anouk sozinha”.

Sua descoberta veio em La Dolce Vita, em 1960. Ela interpretou Maddalena, uma herdeira rica e entediada. “Antes de conhecer Fellini... eu não sabia o que era atuar”, disse ela ao Times. Ele a ensinou a se soltar.

Ela trabalhou com ele novamente em , interpretando a ex-esposa do diretor de ficção Guido Anselmi. Ela ganhou um Bafta por Lola, de 1961, no qual interpretou a dançarina de cabaré. O filme foi dirigido por Jacques Demy, que estava fazendo sua estreia no cinema e escreveu o papel especificamente para ela.

Em 1986, o diretor e o elenco retornaram com a sequência Um Homem e uma Mulher: 20 Anos Depois. Aimée ficou emocionada em voltar. "Primeiro, eu queria muito trabalhar com Claude novamente, para reencenar nossa história de amor, nós três", ela disse ao The New York Times na época. "Além disso, o tema de redescobrir um homem por quem eu estava apaixonada há 20 anos e de ser sábia e segura o suficiente para fazer isso funcionar era uma fantasia irresistível para mim".

Aimée foi casada quatro vezes: Com Edouard Zimmermann de 1949 a 1950. Em 1951, casou-se com Nico Papatakis; com quem teve a única filha, Manuella Papatakis, que também se tornou atriz. Eles se divorciaram em 1954. Em 1966 ela se casou com Pierre Barouh, que interpretou seu falecido marido em Um Homem e uma Mulher; eles se separaram em 1969. Por último, ela disse o sim para o ator britânico Albert Finney por oito anos, de 1970 a 1978. O casamento terminou quando Aimée se envolveu com Ryan O'Neal.

Morte de Anouk Aimée foi anunciada pela filha, Manuela Papatakis, por Instagram — Foto: Reprodução/Instagram
Anouk Aimée em cena de 'Um Homem, Uma Mulher' (1966) — Foto: IMDB
Anouk Aimée e Marcello Mastroianni em cena de 'La Dolce Vita' (1960) — Foto: IMDB/MPTV Images
Anouk Aimée em cena de 'Um Homem, Uma Mulher: 20 Anos Depois' (1986) — Foto: IMDB
Mais recente Próxima Saiba quem é O Kannalha, novo affair de Preta Gil

Leia mais