Camarote Quem O Globo

Quando criança, Deborah Secco já era uma apaixonada por Carnaval. Nos bailinhos da infância, começava a exercer a veia de artista e incorporava as personagens que vestia, mesmo se a fantasia fosse “simplesinha”. O amor pela folia só cresceu e neste ano a atriz de 43 anos entrará na Marquês de Sapucaí como Rainha do Camarote Quem O Globo. “É uma honra gigantesca e vai ser muito divertido. Quero assistir todos os desfiles, sambar, me divertir, ser feliz. Quero ser uma rainha que extravasa felicidade. Essa é minha meta”, diz Deborah.

A preparação para a festa começa já em julho do ano anterior. Salgueirense de coração, ela, que em 2022 veio à frente da escola, vai montando os looks junto com sua equipe. “Agora com as redes sociais, planejamos qual conteúdo vamos fazer para apresentar cada look. Tem um calendário preparado para essa época, um conceito”, explica Deborah, que trabalha e muito no período carnavalesco.

Apesar da preparação com tanta antecedência, ela diz que, em relação às demandas físicas da época, não treina e apenas tenta se alimentar para ter mais energia. “Eu já tenho 43 anos, já não sou mais uma menina”, aponta. “Sei que não tenho mais aquele corpo que tinha aos 20 anos, estou molinha, mais velha. E está tudo certo, só não fica velho quem morre antes. Sou muito bem resolvida com a mulher que eu sou”, garante Deborah, que afirma lidar com a visibilidade de seu corpo de forma muito natural.

“Não tenho muitos pudores em expor meu corpo. É só mais um corpo”, diz. “Eu entendi que sou uma mulher sensual. Talvez eu seja uma mulher muito livre, muito confortável em ser quem eu sou e independente da opinião alheia”, pondera a atriz, que acredita não dever satisfação a ninguém. “A maior evolução que eu tive foi quando entendi que não podia viver para aprovação do outro, que eu tinha que viver pelo que me faz feliz e ser como eu sou”, lembra. “Sou uma mulher livre, graças a Deus. Faço o que me faz feliz. Eu me preocupo em não machucar ninguém, mas o ensinamento que tive da minha mãe é que não existe certo e errado, existe feliz e triste. Se isso não fizer mal a ninguém, siga sempre pelo caminho do que te faz feliz”, ensina.

"Eu entendi que sou uma mulher sensual"

Deborah Secco é a rainha do Camarote Quem O Globo — Foto: Nico Rocha
Deborah Secco é a rainha do Camarote Quem O Globo — Foto: Nico Rocha

Os desfiles no Sambódromo são onde ela “se encontra”. Os blocos de rua são os favoritos de Hugo Moura, de 32 anos, marido da atriz, mas uma dificuldade para Deborah, que não consegue ficar anônima no meio da multidão. Já nos bloquinhos infantis vai a todos com Maria Flor, de 7, filha do casal. Foliã como os pais, a menina sonha ir à Sapucaí. “Todo ano quando eu vou, ela pergunta: 'Quantos anos faltam para eu poder ir?’”, conta.

Muitas vezes um dos dois fica em casa e deixa de pular Carnaval a pedido da filha. “Quando dá para os dois irem, a gente se diverte horrores juntos; quando não dá, ele fica e me dá todo suporte”, explica Deborah, que rasga elogios ao parceiro. “Hugo é melhor do que todos os meus sonhos. É realmente o grande acerto da minha vida (...). É o cara que ama as minhas qualidades, mas convive com os meus defeitos”, afirma a atriz, que este ano estreia o infantil Mundo Lupi, ao lado do marido e da filha, no Giga Gloob, aplicativo infantil da Globo. Ela também estará na segunda temporada de Rensga Hits e na série portuguesa Codex 632, seu primeiro trabalho internacional.

Já na vida pessoal, Deborah pensa em ter outro filho. “É um projeto que a gente tem, adia, tem vontade de novo, adia de novo... De fato, eu estou sem anticoncepcional, mas também não estou tentando. Estou aí deixando para vontade de Deus; se for para acontecer, vai acontecer”, conta a atriz, que define a maternidade como imprescindível. “Foi a melhor e mais importante decisão e ação da minha vida”, diz.

Quais as suas expectativas para o Camarote Quem O Globo?
Eu já fui ao espaço em alguns carnavais, mas ser rainha do camarote é uma honra gigantesca e vai ser muito divertido. Quero assistir todos os desfiles, sambar, me divertir, ser feliz. Quero ser uma rainha que extravasa felicidades. Essa é minha meta.

Qual é a importância do Carnaval na sua vida?
Enorme! Eu amo os desfiles, é onde eu me encontro mais no Carnaval, acho lindo. Sou Salgueiro de coração. Adoro bloco de rua, mas fui pouquíssimas vezes, disfarçada. É difícil [porque é reconhecida], mas é o Carnaval preferido do Hugo, então a gente se esforça.

Deborah Secco  — Foto: Nico Rocha
Deborah Secco — Foto: Nico Rocha

Como era o Carnaval da sua infância?
Sempre curti. A minha mãe nunca pôde me dar grande fantasias, e fui uma vez a um clube, e eu estava com uma fantasia de baiana ‘simplesinha’. Fui participar do concurso de Melhor Fantasia, e a menina do meu lado estava com uma roupa de gata toda bordada, de pérolas e paetês, aquela fantasia caríssima, sabe? Mas eu não me deixei abater, desfilei, e ainda ganhei Miss Simpatia (risos). Perdi [o prêmio de Melhor] fantasia, mas levei Simpatia.

Já era sua veia artística se manifestando...
Com certeza. Desde que eu lembro de mim, já tinha essa coisa de me dizer atriz, até mesmo nessa época do Miss Simpatia. Era aonde eu conseguia exercer esse amor que eu tinha pela atuação e pela construção de personagens porque ainda não tinha muitas outras oportunidades [de se expressar].

Você começa a planejar sua folia quando?
Eu começo a pensar no Carnaval em julho do ano anterior (risos). Qual é o tema que a gente vai fazer, que roupas a gente vai montar, desenhar... Agora com as redes sociais, planejamos qual conteúdo faremos para apresentar cada look. Tem um calendário preparado para essa época, um conceito definido. Acredito que este ano vai ser a volta oficial do Carnaval, a volta também do Carnaval de Salvador. É Carnaval voltando de fato para os eixos.

Quando você começa a pensar nos looks de Carnaval, tem alguma prioridade? Por exemplo, conforto ou brilho?
Não, penso é em fazer algo lindo e diferente. No Carnaval a tendência são roupas não muito 'vestidas', mas eu tento variar de maiô para biquíni, para duas peças, macacão, vestido... Tento fazer coisas bem diversas.

"Acredito que este ano vai ser a volta oficial do Carnaval. É Carnaval voltando de fato para os eixos

Como você se prepara para essa maratona de Carnaval? Os treinos aumentam?
Eu não treino, eu sou ruim mesmo (risos). Já não malho tem sete anos, às vezes volto, fico 15 dias [na academia] e paro. Faço levantamento de Maria Flor e a correria da vida. Mas tento me alimentar e dormir melhor, porque sei que vão ser muitos dias de trabalho e de diversão também. Junta essas duas coisas e a noite fica mais longa.

Mas os exercícios não fazem falta para aguentar essa agenda puxada dos dias de folia?
Como eu não desfilo mais oficialmente... Ano passado eu vim na frente do Salgueiro, acho que este ano eu venho de novo, mas não tem tanta exigência física mesmo [como se desfilasse]. Tento comer mais comida saudável, carboidrato, algo que me sustente até o fim da noite. Minha preocupação é mais em colocar coisa para dentro do que tirar. É uma época em que preciso mesmo de calorias, de energia.

Você faz algum procedimento para a pele ficar mais luminosa neste momento?
Estou fazendo esses tratamentos de colágeno, colocando bioestimulador de colágeno no corpo inteiro: bumbum, abdômen, perna... Já faço há alguns anos e vejo um belo resultado. A minha meta é Carnaval.

Deborah Secco  — Foto: Nico Rocha
Deborah Secco — Foto: Nico Rocha

Carnaval é, também, sensualidade. Como você trabalha a sua nesta época do ano?
Eu entendi que sou uma mulher sensual. Eu nunca me vi muito assim, mas comecei a entender que as pessoas me enxergam dessa forma. Talvez eu seja uma mulher muito livre, muito confortável em ser quem eu sou e independente da opinião alheia. Sou assim há muitos anos, o que talvez cause um estranhamento ou um olhar diferente que me coloca nesse rol aí de mulheres sensuais. Mas eu sou uma mulher muito em busca de ser uma mulher feliz.

Lida bem com a exposição e cobranças?
Eu já tenho 43 anos, já não sou mais uma menina, já não busco mais essa estética de menina. Mas sou muito feliz com quem eu sou, com o corpo que eu tenho, com a mulher em que me transformei e que eu aprendi a ser ao longo desses 43 anos. Lido com a minha exposição e com a exposição do meu corpo de forma muito natural, já há muitos anos. Talvez por isso eu seja vista como uma mulher sexy ou uma mulher sensual, porque eu não tenho muitos pudores em expor meu corpo. É só mais um corpo e é o meu e é o mais lindo do mundo porque é o único que eu tenho.

"Sou muito feliz com quem eu sou, com o corpo que eu tenho, com a mulher que aprendi a ser ao longo desses 43 anos"

É um sinal de maturidade não estar preocupada com o que os outros vão falar?
Há muitos anos já eu não busco esse feedback de resposta. Sei que não tenho mais aquele corpo que tinha aos 20 anos, não faço exercício há alguns anos; estou molinha, estou mais velha. E está tudo certo, só não fica velho quem morre antes. Sou muito bem resolvida com a mulher que eu sou, com a mulher em quem eu me transformei e em que eu venho me transformando.

Você consegue curtir o Carnaval com o Hugo?
Às vezes não, porque Maria pede que um de nós fique [em casa]. Aí ele não me acompanha porque na hora de sair ela fala 'ai, papai queria que você ficasse’. Nos dividimos. Quando dá para os dois irem, a gente se diverte horrores juntos; quando não dá, ele fica e me dá todo suporte. A gente vai se revezando e se amparando mutuamente. Sabemos da importância de estarmos presente na vida da Maria. O importante é que a gente tem uma parceria e dá suporte um ao outro.

O Carnaval hoje tem campanhas contra o assédio e pautas como sustentabilidade. O que pensa sobre essa folia consciente?
É um reflexo da sociedade. A gente foi evoluindo muito e olhando para lugares que precisavam ser vistos. [Isso] é muito bem-vindo para mim e acredito que para todos nós. Temos que entender onde que, enquanto seres humanos e sociedade, precisamos melhorar e nos aprimorarmos, entender se em algum momento algo do que a gente vive faz mal para alguém ou para algum grupo e transformar isso. Acho, sim, hoje as mulheres muito mais empoderadas e que que a gente precisa mesmo falar sobre assédio e agressão à mulher. Somos vítimas disso há muitos anos e ter voz para assuntos que por muitos anos não tiveram voz é de grande valide e necessidade.

Você já passou por alguma situação de assédio em Carnaval?
Passei na minha vida inteira várias situações de assédio, de pessoas que passam dos seus limites. Mas aprendi muito cedo a brigar por essa minha voz: 'não é não, aqui não, o que eu visto não te dá direito de me tocar ou de me assediar'. Mas acho que isso precisa ser simplificado cada vez mais.

Deborah Secco — Foto: Nico Rocha
Deborah Secco — Foto: Nico Rocha

Como é o Carnaval da Deborah mãe?
Maria Flor decide tudo: escolhe onde quer ir, se quer ir, se não quer ir, quanto tempo quer ficar. Eu só realizo desejos; quer, mamãe leva, quer, mamãe faz. Eu sou dessas que tentam mover mundos para fazer ela feliz. Maria quer muito ir a um desfile lá na Sapucaí, fala disso o tempo todo. Todo ano quando eu vou, pergunta: 'Quantos anos faltam para eu poder ir?' (risos).

A gente sempre diz que o ano só começa depois do Carnaval. Quais são os seus planos para 2023?
Olha, para mim é assim mesmo, porque tiro férias em janeiro e geralmente volto com a corda toda nessa produção de Carnaval. Depois é que de fato o ano começa. Para este ano tenho o Mundo Lupi, com a Maria Flor e Hugo que é um projeto sensacional. Tem a segunda temporada de Rensga Hits, que deve ser gravada no segundo semestre e foi um trabalho muito especial. E tem ainda o lançamento de Codex 634, que foi meu primeiro trabalho internacional, série gravada em Portugal.

Você falou recentemente que estava tentando ter outro filho. Este é o grande projeto na sua vida pessoal para este ano?
Não, não é. Na verdade é um projeto que a gente tem, adia, tem vontade de novo, adia de novo... De fato, eu estou sem anticoncepcional, mas também não estou tentando. Estou aí deixando para vontade de Deus; se for para acontecer, vai acontecer.

A maternidade era um sonho imprescindível na sua vida?
Sem dúvida alguma eu seria mãe, mesmo que não biológica. A maternidade era uma das minhas grandes metas e a melhor e mais importante decisão e ação da minha vida.

Maria Flor fez com que você se tornasse uma mulher melhor? Ela faz, por exemplo, você rever conceitos?
A mulher que sou hoje vai ser diferente da mulher que eu serei amanhã porque diariamente aprendo muito com a minha filha. A mulher que sou hoje é completamente diferente da mulher que era antes dela. Muito das minhas escolhas e das lutas pelas quais eu brigo e muito da mulher em quem eu me transformei é para que Maria viva um mundo diferente do que eu vivi. Para que ela tenha chances diferentes das que eu tive e para que ela viva numa realidade diferente mesmo da que eu vivi.

"A maternidade era uma das minhas grandes metas e a melhor e mais importante decisão e ação da minha vida"

Como é Maria Flor?
Ela é uma menina também muito à frente do tempo dela, do nosso. Maria já é muito empática, generosa, amorosa. É impressionante, ela me dá aulas.

Mas isso também vem de você e do Hugo, não? Os pais também ajudam os filhos a desenvolver essas qualidades, a sensibilidade ao mundo em que vivem.
A gente não ajuda muito, não. Eu falo que já veio nela. Você vê, Maria tinha 4 anos, eu dei para ela um estojo de canetinhas gigante, levou para escola e não trouxe de volta. Falei 'ô Maria, cadê o estojo?', 'ah, mamãe, dei para minha amiga. E eu, 'ô, filha, mamãe trabalha para te dar as coisas, fica longe de você [para trabalhar]’. Ela respondeu 'mamãe, deixa eu te explicar, pessoas são mais importantes que coisas, para mim vale muito mais o sorriso da minha amiga recebendo o estojo do que guardar o estojo’. Aí eu falei 'ok, mamãe está errada, mamãe capitalista, toda errada, filha, você que está certa’. Às vezes eu falo 'você é a mais linda', e Maria diz 'não tem mais linda; linda, cada um é do seu jeito'. Impressionante. Vieram para nos ensinar mesmo.

Deborah Secco  — Foto: Nico Rocha
Deborah Secco — Foto: Nico Rocha

Você e Hugo estão juntos desde 2015. Qual o balanço destes oito anos?
O Hugo é melhor do que todos os meus sonhos. Sempre que eu sonhei - e eu sonhei muito em ter uma família -, eu imaginava algo que ele consegue me surpreender [a mais]. Hugo é realmente o grande acerto da minha vida. É o cara que me ensina a ser uma pessoa melhor, todos os dias, é quem está comigo nos meus bons momentos, mas principalmente nos meus maus momentos. É o cara que ama as minhas qualidades, mas convive com os meus defeitos, entende que eles existem, e me ama apesar deles. É o cara com quem eu crio uma filha, com quem eu debato sobre a vida, com quem eu aprendo e escolho sobre o futuro, é o cara que me faz ter fé na humanidade. O Hugo é um dos melhores seres humanos que eu conheci. Que privilégio meu ele escolher viver a vida comigo; o cara que eu mais admiro de todos os caras que eu conheci no mundo.

"Hugo é realmente o grande acerto da minha vida. É melhor do que todos os meus sonhos"

Vocês passaram pela tal crise dos sete anos de casamento?
Estamos há oito anos juntos e eu não sinto nenhuma crise de tempo, muito pelo contrário. A gente vive muito junto porque trabalha junto, quase que o dia inteiro, e a cada dia que passa eu admiro e amo mais o Hugo. Quero ter mais ele como companheiro, amigo, parceiro, amante. Vai do tesão que eu sinto, que é maior a cada dia, à admiração pelo pai que ele é, ao amigo mesmo que eu tenho, porque o Hugo é meu melhor amigo e sabe tudo sobre mim. Eu acho que esse é um grande privilégio. Eu não tenho nem palavras para dizer o quanto eu sou grata a Deus por esse encontro, por essa possibilidade de viver com uma das pessoas que eu mais admiro no mundo.

Você sente que ainda precisa provar algo para alguém?
A maior evolução que eu tive foi quando eu entendi que não podia viver para aprovação do outro, que eu tinha que viver pelo que me faz feliz e ser como eu sou. Eu não vou agradar todo mundo. Vai ter um monte de gente que vai concordar. Vai ter um monte que vai discordar. Vai ter um monte de gente que vai me achar o máximo, um monte que vai me achar completamente louca. Mas a gente tem que ser o que a gente é, tem que ser melhor diariamente. Eu tento evoluir enquanto ser humano, mas as minhas escolhas, a minha essência, a mulher que eu sou, essa não é pela opinião dos outros. Tem que ser real. Eu aprendi a ser uma pessoa real mesmo que eu desagrade quem eu realmente sou. A vida não é para mim mais sobre agradar os outros, é sobre de fato ser feliz mesmo: acordar e dormir todos os dias agradecendo a Deus por ser feliz, por conseguir viver sendo quem eu sempre quis e busquei ser.

Deborah Secco  — Foto: Nico Rocha
Deborah Secco — Foto: Nico Rocha

Você é uma mulher confortável na própria pele?
Eu sou uma mulher livre, graças a Deus. Sou mulher livre para ser que quem eu sou, que divide a vida com um homem que sabe quem eu sou, e que tem uma filha que saberá também sempre quem eu sou. Sou uma mulher verdadeiramente livre. Faço o que me faz feliz. Claro que me preocupo em não machucar ninguém, mas o ensinamento que tive da minha mãe há muitos anos é que não existe certo e errado, existe feliz e triste.

Como isso funciona na prática?
Às vezes o que me faz feliz não é o que te faz feliz, então não tem um certo e errado mundial, tem o te faz feliz e o que te faz triste. Se isso não fizer mal a ninguém, siga sempre pelo caminho do que te faz feliz e é só sobre isso. Glória Maria [que morreu na quinta-feira] era uma grande amiga e uma mulher que falava sempre isso para mim: 'ninguém nunca vai pagar suas contas, ninguém nunca vai deitar no seu caixão, então amor, faça o que te faz feliz'. E a minha vida tem sido sobre isso nos últimos anos, ser exemplo para minha filha fazendo o que me faz feliz.

Em algum momento vivenciou famosa síndrome da impostora?
Ai, muito. São muitos anos de vida pública, são 35 anos de carreira, muito julgamento. Eu sou uma mulher que, de fato, sou livre. Sou talvez à frente do meu tempo e tenho um pensamento mais libertário do que muitas outras mulheres. Então ouvi muito, me julguei muito, me questionei muito. Mas essa sou eu, sou feliz assim, e não faço mal a ninguém sendo assim. E é sobre isso, sobre a gente ser quem a gente é, ser feliz sendo quem a gente é, fazendo o que a gente tem vontade e sendo de fato feliz, sem ser feliz para mostrar, sendo feliz só para ser mesmo.

O Camarote Quem O Globo terá, em 2023, mais uma vez o RP Léo Marçal assinando a lista de convidados junto da sua equipe formada pelo ator Ivan Mendes e a produtora Luly Barbosa. O espaço só para convidados funcionará no sábado (18), domingo (19), segunda (20) e sábado das campeãs (25), com cobertura em tempo real pela revista Quem e o jornal O Globo.

Créditos
Fotos: Nico Rocha
Styling: Erick Maia
Beauty: Gab Nascimento
Produção: JukReis assessoria
Arte de capa: Izamara Marinho

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